
"Meu sil�ncio n�o est� � venda", disse Cunha, segundo o advogado Rodrigo Sanchez Rios, que acompanhou o depoimento. De acordo com Rios, Cunha negou "categoricamente" todas acusa��es de pagamento de propina feitas pelo empres�rio Joesley Batista, dono da JBS.
Em depoimento � Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR), Joesley disse que pagava uma mesada a Cunha e ao operador Lucio Funaro em troca do sil�ncio dos dois. Disse ainda que Temer sabia da mesada. Em grava��o anexada ao inqu�rito, Joesley diz ao presidente: "Eu t� bem com o Eduardo." E Temer responde: "Tem que manter isso, viu."
"O deputado ressaltou que nunca procuraram ele. Nem o presidente Temer nem interlocutores do presidente. Ele negou categoricamente. Respondeu de forma geral", disse o advogado.
Segundo Rios, a Pol�cia Federal em Bras�lia enviou 47 perguntas para serem feitas a Cunha. Aproximadamente a metade delas diz respeito � a��o que corre na 10a Vara Federal de Bras�lia com base na dela��o de executivos da Odebrecht que dizem ter pago R$ 17 milh�es ao ex-presidente da C�mara em troca da libera��o de verbas do Fundo de Investimento do FGTS.
Cunha n�o respondeu a estas indaga��es alegando que prefere tratar delas no �mbito do pr�prio processo. Segundo o advogado, os questionamentos foram extra�dos das perguntas feitas pela pr�pria defesa de Cunha a Temer.
O ex-deputado, preso desde outubro de 2016, deve voltar ainda nesta quarta para o Complexo M�dico Penal de Pinhais, na regi�o metropolitana de Curitiba.