(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Em depoimento, Cunha nega ter 'vendido' sil�ncio


postado em 15/06/2017 09:07

Curitiba, 15 - O ex-presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou nesta quarta-feira, 14, em depoimento � Pol�cia Federal, ter recebido propina da JBS em troca de se manter calado nas investiga��es da Opera��o Lava Jato. Ele prestou depoimento no inqu�rito que investiga o presidente Michel Temer por corrup��o passiva, obstru��o da Justi�a e organiza��o criminosa.

"Meu sil�ncio n�o est� � venda", disse Cunha, segundo o advogado Rodrigo Sanchez Rios, que acompanhou o depoimento. De acordo com Rios, Cunha negou "categoricamente" todas as acusa��es de pagamento de propina feitas pelo empres�rio Joesley Batista, dono da JBS.

Em depoimento � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), Joesley disse que pagava uma mesada a Cunha e ao operador L�cio Funaro em troca do sil�ncio dos dois. Disse ainda que Temer sabia da mesada. Em grava��o feita no Pal�cio do Jaburu, no dia 7 de mar�o, Joesley diz ao presidente que "eu t� bem com o Eduardo", ao que Temer responde "tem que manter isso, viu".

"O deputado ressaltou que nunca procuraram ele. Nem o presidente Temer nem interlocutores do presidente. Ele negou categoricamente", disse o advogado. Segundo Rios, a PF em Bras�lia enviou 47 perguntas para serem feitas a Cunha. Aproximadamente a metade delas diz respeito � a��o que corre na 10.� Vara Federal da capital federal com base na dela��o de executivos da Odebrecht que dizem ter pago R$ 17 milh�es a Cunha em troca da libera��o de recursos do Fundo de Investimento do FGTS.

Cunha n�o respondeu �s indaga��es alegando que prefere tratar delas no pr�prio processo. Segundo o advogado, os questionamentos foram extra�dos das perguntas feitas pela pr�pria defesa de Cunha a Temer. Na verdade, segundo pessoas que acompanharam o depoimento, Cunha n�o respondeu objetivamente �s 47 perguntas. Ele ouviu os questionamentos e "respondeu de forma geral", de acordo com um advogado, �s indaga��es referentes � dela��o da JBS. Al�m de negar a mesada semanal da JBS, o deputado cassado afirmou que nunca foi procurado para fazer um acordo de dela��o premiada.

Bras�lia

No termo de depoimento de Cunha, em que o delegado Maur�cio Moscardi Grillo registrou perguntas e respostas do intimado e como transcorreu a audi�ncia, consta que o criminalista Ticiano Figueiredo e mais dois advogados de Bras�lia tentaram acompanhar a oitiva sem estarem legalmente constitu�dos como defensores no caso.

Figueiredo defende Cunha em processos no Supremo Tribunal Federal (STF). O criminalista chegou � sede da PF, em Curitiba, pela manh� e solicitou aos agentes da escolta federal para falar em privado com o peemedebista, sem a presen�a do advogado Rios. Os advogados de Bras�lia conseguiram conversar com Cunha, antes dele ser levado para a sala do delegado.

Grillo proibiu os tr�s de entrarem para acompanhar a audi�ncia, sob o argumento de que eles n�o eram legalmente representantes de Cunha naquele inqu�rito. Figueiredo deixou a PF em Curitiba cerca de 20 minutos depois da sa�da de Rios e evitou falar com a imprensa. Ele se limitou a dizer que, por enquanto, prefere "encarar as den�ncias" a fazer um acordo de dela��o premiada.

Cunha deixou o pr�dio dez minutos depois. Ele foi levado ao Complexo M�dico Penal de Pinhais, na Regi�o Metropolitana de Curitiba, onde est� preso. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Ricardo Galhardo e Ricardo Brandt)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)