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Estado de Minas

Joesley confirma teor da dela��o � PF


postado em 17/06/2017 07:55

Bras�lia, 17 - O empres�rio Joesley Batista, principal acionista do Grupo J&F, prestou um novo depoimento � Pol�cia Federal na manh� desta sexta-feira, 16, no inqu�rito em que o presidente Michel Temer � investigado pelos crimes de corrup��o passiva, obstru��o de Justi�a e organiza��o criminosa. Reafirmou aos investigadores da Opera��o Patmos as declara��es prestadas no �mbito do seu acordo de dela��o.

O depoimento de Joesley e outros prestados nos �ltimos dias pelo corretor L�cio Bolonha Funaro, pelo ex-assessor de Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) - tamb�m alvo do inqu�rito - e pelo diretor jur�dico da J&F, Francisco de Assis, ser�o usados na den�ncia a ser oferecida pelo procurador-geral Rodrigo Janot contra o presidente.

Temer dedicou os dias que antecedem sua viagem � R�ssia e � Noruega, a partir de segunda-feira, para refor�ar sua estrat�gia jur�dica. Na quinta-feira, 15, ele recebeu, no Pal�cio do Jaburu, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso e o ministro da Justi�a, Torquato Jardim.

Velloso, segundo auxiliares do presidente, poder� �auxiliar� na sua defesa, conduzida formalmente pelo advogado Antonio Cl�udio Mariz de Oliveira. �Conversamos sobre temas variados, mas prefiro n�o comentar. At� porque ele (Temer) pode querer me contratar para figurar como advogado, embora eu considere que ele est� muito bem servido com o doutor Mariz�, disse Velloso ao jornal O Estado de S. Paulo.

Ap�s o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, aumentar o prazo para encerrar o inqu�rito, a PF deve concluir a investiga��o no in�cio da pr�xima semana. Com a investiga��o conclusa, Janot ter� mais cinco dias para oferecer a den�ncia. A expectativa entre procuradores � de que ele use todo o tempo dispon�vel e protocole a acusa��o formal no STF at� a sexta-feira, dia 23.

Joesley foi chamado novamente pela PF para esclarecer os fatos relacionados ao presidente e Loures. Na oitiva, o empres�rio tamb�m foi questionado sobre os repasses para o deputado cassado e ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O delator reiterou aos delegados da PF que gravou Temer e que ap�s a conversa repassou valores a seu ex-assessor para ter privil�gios no governo. Loures foi filmado pela PF levando uma mala com R$ 500 mil entregue por um executivo da JBS, que integra a holding J&F. Sobre os pagamentos a Cunha e Funaro, o delator disse que os repasses tinham como finalidade manter o sil�ncio dos dois.

Ouvido pela Pol�cia Federal anteontem, o corretor confirmou ter atuado como operador financeiro do PMDB da C�mara, grupo pol�tico de Temer.

Em meio a negocia��o de um acordo de colabora��o premiada, Funaro prestou dois depoimentos no inqu�rito aberto no Supremo. Ele contratou recentemente o advogado Antonio Figueiredo Basto, especialista em dela��o, e j� teria entregue uma proposta � PGR. No material encaminhado aos procuradores da Lava Jato, Temer figura como principal alvo.

Segundo apurou o Estado, Funaro respondeu nos depoimentos a perguntas sobre doa��es de campanha e sobre o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Em relat�rio, a Pol�cia Federal concluiu que Geddel atuava com Funaro e Cunha para facilitar a libera��o de empr�stimos da Caixa Econ�mica Federal em troca de propina. Geddel tamb�m foi apontado por Joesley como porta-voz de Temer.

Funaro est� preso no Pres�dio da Papuda, em Bras�lia. � acusado, junto com Geddel, de envolvimento em esquema de intermedia��o do FI-FGTS, fundo mantido com recursos do trabalhador e gerido pela Caixa.

Em nota, a assessoria da Presid�ncia da Rep�blica disse que Temer s� tem conhecimento de doa��es legais ao partido.

O advogado de Geddel, Gamil F�ppel, qualificou de �inserv�veis as especula��es sobre o depoimento de Funaro�. Ele disse que Geddel �jamais praticou qualquer ilegalidade� e �permanece absolutamente convicto de que ningu�m poder�, comprovadamente, enred�-lo em qualquer contexto de ilicitude - ao menos, sem que se valha de inverdades e de sofismas�.

A assessoria do Grupo J&F, tamb�m em nota, disse que �o mecanismo de colabora��o com a Justi�a est� permitindo que o Brasil mude para melhor. N�o seria poss�vel expor a corrup��o no Pa�s sem que os respons�veis pelos atos il�citos admitissem e relatassem como e com quem agiram, fornecendo provas. Todos os documentos e informa��es referentes � investiga��o foram entregues e est�o em poder da Justi�a.�

Temer ficar� cinco dias no exterior durante a viagem a Moscou e Oslo. Durante esse per�odo o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai assumir a cadeira presidencial. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.

(Fabio Serapi�o, Andreza Matais e Alexa Salom�o)


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