Bras�lia, 20 - O senador Ricardo Ferra�o (PSDB-ES) defendeu nesta ter�a-feira, 20, a sa�da definitiva do senador A�cio Neves (MG) da presid�ncia do partido. A�cio est� afastado h� cerca de um m�s do mandato parlamentar por determina��o do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a suspeita de ter acertado e recebido, por meio de assessores, "vantagem indevida" no valor de R$ 2 milh�es da JBS. Por conta disso, ele tamb�m se licenciou da presid�ncia do PSDB, sendo substitu�do pelo tamb�m senador Tasso Jereissati (CE).
"Acho que n�s precisamos evoluir para efetivarmos a presid�ncia do senador Tasso Jereissati. O senador Tasso �, ainda, o presidente interino do partido e a minha tese � de que a gente deva evoluir para que ele possa ser o presidente efetivo do partido", disse Ferra�o.
Questionado sobre o pedido de pris�o de A�cio apresentado pela Procuradoria-geral da Rep�blica, que ser� decidido pela Primeira Turma do Supremo na tarde desta ter�a, Ferra�o desconversou. "Vamos aguardar o STF. Uma coisa de cada vez. Voc� ganha uma guerra dando um passo de cada vez", respondeu.
Considerado crucial nas decis�es do Senado, o PMDB j� sinalizou que s� votar� contra um eventual pedido de pris�o do senador afastado no plen�rio da Casa se os tucanos demonstrarem apoio incondicional a ele, o que n�o vem acontecendo. Nos bastidores, h� o entendimento de que, se nem o seu partido defender A�cio publicamente, "n�o sobra ningu�m" para abra�ar a causa.
Defesa
Em nota divulgada na semana passada, a defesa do senador A�cio Neves reafirma "que o dinheiro foi um empr�stimo oferecido por Joesley Batista com o objetivo de forjar um crime que lhe permitisse obter o benef�cio da impunidade penal. O empr�stimo n�o envolveu dinheiro p�blico e nenhuma contrapartida por parte do senador, n�o se podendo, portanto, falar em propina ou corrup��o. O senador tem convic��o de que as investiga��es feitas com seriedade e isen��o demonstrar�o os fatos verdadeiramente ocorridos".
(Julia Lindner e Isabela Bonfim)