Bras�lia, 20 - O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o senador afastado A�cio Neves (PSDB-MG), afirmou na noite desta ter�a-feira, 20, que a decis�o da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder pris�o domiciliar � irm� do tucano, Andrea Neves, deixou o seu cliente animado em rela��o ao caso relacionado a ele. Embora tamb�m estivesse na pauta de vota��es, os ministros decidiram adiar o julgamento de um pedido de pris�o de A�cio feito pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.
"Eu senti ele mais animado com a soltura da irm� dele", afirmou Toron ao deixar a casa do senador, no Lago Sul de Bras�lia.
Al�m do pedido de pris�o, o Supremo ainda deve julgar um recurso da defesa para que o senador possa retomar suas atividades legislativas. "N�s temos absoluta convic��o de que a imposi��o do afastamento das suas atividades legislativas n�o encontram apoio na Constitui��o. Ent�o n�s queremos que o mandato seja devolvido ao senador."
O advogado criticou a iniciativa do procurador de usar reuni�es pol�ticas promovidas por A�cio em sua casa como argumento para que ele seja preso. Segundo Janot, mesmo afastado do mandato desde o dia 18 de maio, o senador continuou a exercer suas fun��es.
"H� uma confus�o grosseira. Ele est� afastado das atividades parlamentares. Leia-se: ele n�o pode ir ao Senado, frequentar as reuni�es do plen�rio e das comiss�es e nem ir ao seu gabinete. Isso ele est� cumprindo religiosamente", disse Toron. "N�o se trata de uma cassa��o pol�tica. Ele pode conversar com outros pol�ticos. Ele n�o est� como os cassados de 64 que n�o podiam nem sequer falar de pol�tica. A confus�o que se pretende estabelecer ampliando essa medida cautelar � totalmente arbitr�ria e incab�vel."
Toron e outros advogados do senador, como Jos� Eduardo Alckmin, se reuniram com A�cio logo ap�s a Primeira Turma decidir adiar o julgamento sobre os casos relacionados ao senador.
"D� um al�vio grande (a decis�o sobre Andrea). Ele est� esperan�oso de concluir tudo isso logo, inclusive restabelendo a verdade", afirmou Alckmin.
(Thiago Faria)