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Estado de Minas

Temer chega a Oslo, em meio a promessa de protestos


postado em 22/06/2017 10:31

Genebra, 22 - O presidente Michel Temer desembarcou na Noruega para a �ltima etapa de sua viagem pela Europa na manh� desta quinta-feira, 22. A viagem ocorre em meio a declara��es da Pol�cia Federal de que existem ind�cios de corrup��o envolvendo o presidente e diante de um rev�s nos debates sobre a reforma trabalhista.

Na base a�rea de Oslo, ele foi recebido apenas pelo chefe interino do Cerimonial do governo local, Sigwald Haugr. Al�m dele, estavam no local o comandante base a�rea, assim como o embaixador do Brasil em Oslo, George Prata, e a embaixadora norueguesa em Bras�lia Aud Wiig. O Itamaraty garantiu que esse � o protocolo para qualquer chefe de estado no pa�s.

Um grupo de cerca de 50 brasileiros ainda planeja para esta quinta-feira uma manifesta��o contra Temer em uma das principais pra�as da cidade. O presidente optou por se hospedar em um hotel mais afastado.

Membros do alto escal�o do governo noruegu�s admitiram � reportagem que a viagem estava em uma situa��o "delicada" e "incerta" at� a semana passada. Mas, diante dos interesses de empresas escandinavas no Pa�s, a agenda foi mantida.

Com um interesse limitado da imprensa local, a emissora p�blica da Noruega, a NRK, foi uma das poucas que destaca a viagem. Mas ela publicou nesta quinta-feira uma mat�ria insistindo nas acusa��es que sofre Temer e apontando que "os eventos no Brasil v�o superar" os esfor�os do presidente em vender a ideia de estabilidade no Pa�s.

Lembrando que menos de 10% da opini�o p�blica o apoia, a emissora tamb�m aponta que Temer chama seu "ex-amigo" Joesley Batista de "o criminoso mais perigoso" do Brasil. De acordo com a NRK, a crise no Pa�s tem tido um "forte impacto" nas empresas norueguesas.

No �nico encontro do dia, Temer se reunir� com 17 empres�rios do pa�s por apenas duas horas. Cada empresa ter� dois minutos para se pronunciar. O Estado apurou que muitos deles v�o insistir em obter do governo sinais de "consist�ncia" por parte das pol�ticas do governo. "Nossa mensagem � que vamos investir no Brasil e no longo prazo. Mas tamb�m precisamos de regras transparentes e consistentes, tanto no lado regulat�rio como no aspecto fiscal", disse o gerente das opera��es da Statoil no Brasil, Anders Opedal. Na lista dos convidados est� tamb�m a Associa��o dos Armadores Noruegueses, al�m da Hydro, Aker, Kongsberg Maritime, Knusen e DOF.

O governo pretende insistir na disposi��o em abrir seu mercado e nas apostas de um acordo comercial entre o Mercosul e a EFTA (bloco formado por Noruega, Isl�ndia, Su��a e Liechtenstein). Pela noite, o Pal�cio do Planalto indica que Temer ter� uma "agenda privada".

Na sexta-feira, 23, Temer ainda se re�ne com a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg. Mas n�o h� a perspectiva de que acordos sejam assinados. Ele tamb�m estar� com o presidente do Parlamento, Olemic Thommessen, e almo�a com o rei Harald V.O presidente retorna ao Brasil ainda na sexta-feira.

Ambiente

Hoje, o ministro de Meio Ambiente, Jos� Sarney Filho, ainda se reunir� com seu hom�logo noruegu�s, Vidal Helgeser. A Noruega alerta que os cortes no or�amento do Ibama e a crise pol�tica que atravessa o Pa�s explicam o aprofundamento das taxas de desmatamento na Amaz�nia. Oslo ainda aponta que o veto Planalto �s medidas provis�ria que reduziam a �rea de prote��o ambiental n�o � suficiente para tranquilizar os doadores internacionais.

Em entrevista �s v�speras da chegada de Temer ao pa�s, Helgeser n�o hesitou em cobrar. Na semana passada, ele j� havia enviado uma carta ao ministro Jos� Sarney Filho criticando a situa��o ambiental no Pa�s. Agora, ele deixa claro que, se a atual tend�ncia continuar, ser� "obrigado" a anunciar cortes nas doa��es. A Noruega � o maior doador ao Fundo da Amaz�nia e j� destinou ao Brasil US$ 1,1 bilh�o. Mas, para 2017, a libera��o de recursos ser� reexaminada.

"Vimos grandes resultados na �ltima d�cada no Brasil e uma tend�ncia preocupante nos �ltimos dois anos", disse o noruegu�s. "Esperamos que possamos ver um retorno a uma tend�ncia positiva. Caso contr�rio, seremos obrigados a dizer que vamos reduzir o montante de nosso apoio", declarou.

(Jamil Chade, correspondente)


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