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Estado de Minas

Presos pilotos de avi�o interceptado pela FAB que levava 634kg de coca�na

Pol�cia Federal ainda n�o divulgou a identidade dos tripulantes e, segundo fontes, eles alegam ter trazido a droga da Bol�via. A informa��o de que teriam decolado da Fazenda Itamarati do Norte, arrendada pelo Grupo Amaggi, n�o foi confirmada


postado em 27/06/2017 12:17 / atualizado em 27/06/2017 12:36


A Pol�cia Federal prendeu, no in�cio da noite desta segunda-feira (26/6), o piloto e o copiloto do avi�o bimotor interceptado pela For�a A�rea Brasileira (FAB), na tarde de domingo (25), com 634 kg de coca�na, em Jussara, na regi�o noroeste de Goi�s.

Segundo fontes da PF, os ocupantes da aeronave dizem que trouxeram a droga da Bol�via e que n�o pousaram no Brasil antes de terem sido abordados pela FAB. Piloto e copiloto foram transferidos para a Superintend�ncia da PF, em Goi�nia, onde chegaram por volta das 20h50. A PF ainda n�o divulgou as identidades dos dois presos.

Na tarde do domingo, durante di�logo do piloto do ca�a da FAB sa�do da Base de Campo Grande com o da aeronave interceptada, ele teria informado seus supostos pontos de origem e de destino, a Fazenda Itamarati do Norte, no munic�pio de Campos Novos do Parecis (MT) e o munic�pio de Santo Ant�nio do Leverger (MT). A propriedade de onde teria partido o avi�o � arrendada pelo Grupo Amaggi, que tem como propriet�rio o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

O Grupo Amaggi publicou nota na tarde de ontem para negar qualquer liga��o da holding com o Piper Aztech PTIIJ, fabricado em 1970, de propriedade de Jeison Moreira Souza.

Conforme registros da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), o avi�o est� em situa��o regular, com aeronavegabilidade normal.

Segundo a Secretaria de Seguran�a do Mato Grosso, n�o h� mandado de pris�o contra o dono da aeronave, que aparece como r�u em uma a��o de cobran�a de aluguel, sem despejo, de acordo com a edi��o de 29 de mar�o do Di�rio da Justi�a estadual.

(foto: FAB)
(foto: FAB)

Na nota, o Amaggi informou que a Fazenda Itamarati disp�e de 11 pistas pr�prias para o uso de aeronaves de opera��o agr�cola, �teis na pulveriza��o de agrot�xicos em lavouras. Os pontos de pouso e de decolagem se distribuem por �rea com 54,3 mil hectares — o equivalente a 76 mil campos de futebol — e, conforme informa a holding, esses locais n�o contam com vigil�ncia permanente.

Por meio de seu perfil em uma rede social, o ministro Blairo Maggi postou que "est� acompanhando as investiga��es da FAB sobre o local de decolagem da aeronave". Disse que, quando houver uma confirma��o, ele informar�. Ele comentou ainda que a "fazenda � extensa e vulner�vel � a��o do tr�fico internacional".

Abordagem


A aeronave com a coca�na foi acompanhada por ca�a da FAB durante 82 minutos, das 12h02 �s 13h29. Nesse per�odo, o piloto cumpriu o protocolo previsto no Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004, que orienta sobre o policiamento do espa�o a�reo brasileiro — a norma prev� o abate s� quando toda a rotina foi cumprida. Depois de pedidos para altera��o na rota, de uma descida intencionalmente frustrada do Aztech no aeroporto de Aragar�as, com arremetida repentina, o Super Tucano A29 disparou rajada de metralhadora para mostrar poder de fogo, sem a inten��o de atingir o alvo. Finalmente o Piper atingiu o solo de uma estrada vicinal, a seis quil�metros da zona urbana de Jussara (GO).

A Pol�cia Militar de Goi�s (PM/GO) chegou ao local da aterrissagem for�ada, depois das 14h, por meio de um helic�ptero e n�o encontrou a tripula��o. Mas dentro do avi�o estava a coca�na, carga que foi entregue ontem na Superitend�ncia da PF, em Goi�nia (Veja v�deo no alto da p�gina).

A primeira vez que a FAB fez a abordagem de uma aeronave com o uso de tiros foi em 3 de junho de 2009, uma quarta-feira, na regi�o de Cacoal, em Rond�nia, numa regi�o pr�xima � Bol�via. Depois do cumprimento de toda a rotina legal, que prev� seis medidas antes dos tiros de aviso, o militar brasileiro disparou duas rajadas de metralhadora e, pelo r�dio, ouviu s�plicas em espanhol. Finalmente, o avi�o suspeito pousou numa estrada de terra e seus dois ocupantes fugiram. Na sexta-feira daquela semana, ambos foram presos em Pimenta Bueno (RO).

Em 2015, durante uma opera��o de intercepta��o em regi�o de fronteira, um ca�a da FAB fez a abordagem a um avi�o suspeito. O piloto militar seguiu todo o protocolo legal, mas o respons�vel pela outra aeronave n�o cumpriu as ordens de mudan�a de rota nem aceitou pousar. Quando a aeronave tomou o rumo do Paraguai, antes de cruzar a fronteira, foi alvejado, mas, mesmo assim, conseguiu fazer a fuga. Meses depois, esse mesmo avi�o foi encontrado abandonado em Paranagu� (PR).

A persegui��o a�rea do �ltimo domingo � resultado da Opera��o Ostium, que re�ne a For�a A�rea Brasileira, a Pol�cia Federal e as institui��es policiais das �reas onde ocorrerem abordagens. O objetivo dessa iniciativa � refor�ar a vigil�ncia do espa�o a�reo da fronteira do Brasil com a Bol�via e o Paraguai, com o combate a voos irregulares que possam ter rela��o com crimes, como o narcotr�fico. Essa a��o coordenada, a princ�pio, seguir� at� o fim deste ano, com a instala��o tempor�ria de radares m�veis em cidades de fronteira e refor�o nas bases a�reas.


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