Ex-assessor de Temer, Rocha Loures deixa a pris�o

Bras�lia, 02 - O ex-assessor do presidente Michel Temer e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) chegou por volta das 16 horas de ontem a sua resid�ncia no Lago Sul, �rea nobre de Bras�lia, em um carro da Pol�cia Federal. Por decis�o tomada anteontem pelo ministro Edson Fachin, relator da Opera��o Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ele foi posto em liberdade. Loures ser� monitorado por tornozeleira eletr�nica.

Depois de deixar a Superintend�ncia da PF em Bras�lia �s 10h15 de ontem, Loures foi levado para Goi�nia, onde colocou o equipamento. A tornozeleira, que n�o estava dispon�vel na capital federal, visa a garantir o cumprimento da decis�o de Fachin, que mandou soltar o peemedebista, mas imp�s medidas cautelares.

Loures foi filmado ap�s receber de um executivo do Grupo J&F - controlador da JBS -, dos irm�os Joesley e Wesley Batista, uma mala com R$ 500 mil, em S�o Paulo. Segundo Joesley, Loures foi indicado pelo presidente Temer para intermediar interesses do grupo junto ao governo federal. O ex-assessor e ex-deputado estava preso desde o dia 3 de junho.

Anteontem, o ministro Fachin encaminhou ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, o alvar� de soltura de Loures, �a ser cumprido com as cautelas de lei e com observ�ncia das medidas determinadas�.

O ex-deputado mora em um pequeno condom�nio de luxo, com quatro casas. Ele ter� de ficar em recolhimento domiciliar noturno (das 20 �s 6 horas) e aos s�bados, domingos e feriados, est� proibido de deixar o Pa�s - tem de entregar seu passaporte � PF em 48 horas - e n�o pode manter contato com investigados, r�us ou testemunhas do caso JBS.

Os agentes federais deixaram o local logo ap�s Loures entrar em sua casa. O peemedebista n�o falou com a imprensa.

Julgamento.

Fachin levar�, em agosto, para julgamento na Segunda Turma do STF um recurso contra sua decis�o que determinou o envio ao Tribunal Regional Federal da 3.� Regi�o os autos das investiga��es relativas ao procurador da Rep�blica �ngelo Goulart Vilella e ao advogado Willer Tomaz de Souza, ambos presos no �mbito da Opera��o Patmos. Os dois pedem a revoga��o da pris�o. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Andr� Borges, Rafael Moraes Moura e Andr� Dusek)