A semana seguinte � entrega da den�ncia por corrup��o passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB) na C�mara dos Deputados ser� marcada por importantes movimenta��es no Congresso. J� nesta ter�a-feira, 4, o presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), deve escolher o relator da den�ncia feita pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra Temer. O respons�vel pela relatoria ter� cinco sess�es, ap�s a manifesta��o da defesa, para apresentar seu parecer.
Aliados do governo defendem que, no mesmo dia, o presidente apresente seus argumentos contra a den�ncia. Os advogados dizem que, at� o fim desta semana, devem apresentar a defesa. Temer tem at� dez sess�es para protocolar a defesa na C�mara e a inten��o do Planalto � entreg�-la o mais r�pido poss�vel.
Tamb�m nesta ter�a-feira, o PSB deve fazer uma reuni�o para discutir sobre a posi��o da bancada em rela��o ao seguimento da den�ncia. A l�der Tereza Cristina (MS) � pr�xima a Temer, mas admite que a maioria da bancada, de 36 deputados, deve optar por votar pelo seguimento da den�ncia.
Senado
A semana tamb�m ser� agitada no Senado. Autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a retomar o mandato ap�s afastamento do cargo desde maio, o senador A�cio Neves (PSDB-MG) avalia fazer nesta ter�a-feira um discurso no plen�rio para se defender de acusa��es da PGR. O tucano tamb�m deve ouvir seus colegas de partido sobre seu retorno ou n�o � presid�ncia da sigla, ocupada interinamente pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Ap�s a sa�da do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da lideran�a do partido na Casa, os peemedebistas devem fazer, nesta ter�a-feira, uma reuni�o para decidir quem ocupar� o cargo. Com o partido fragilizado, os senadores querem evitar uma vota��o e preferem fazer o encontro j� com um nome acordado para o cargo.
A escolha acontece em meio a um novo debate sobre a reforma trabalhista na Casa. O presidente do Senado, Eun�cio de Oliveira (PMDB-CE), programou a vota��o do requerimento de urg�ncia para o projeto nesta ter�a-feira, 4. Se todos os prazos forem cumpridos, o projeto poderia ser votado j� no dia seguinte. Por�m, para evitar confrontos com a oposi��o e buscar apoio mais consistente na base, a vota��o de quarta-feira deve ser adiada.