Bras�lia, 05 - O ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Moreira Franco (PMDB-RJ), ser� ouvido pessoalmente na condi��o de testemunha no �mbito de um processo que tramita na Justi�a Federal do Distrito Federal contra os ex-deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o doleiro L�cio Funaro. A investiga��o trata de um suposto esquema de pagamento de propina para libera��o de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econ�mica Federal.
A defesa de Moreira Franco pediu que os esclarecimentos solicitados fossem enviados � Justi�a Federal por escrito, mas o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10� Vara Federal, decidiu que o ministro ser� ouvido pessoalmente, em data ainda a ser definida. O peemedebista foi uma das testemunhas solicitadas pela defesa de Cunha.
A investiga��o foi iniciada no �mbito da Opera��o Lava Jato e remetida � primeira inst�ncia depois da cassa��o do mandato de Cunha, o que fez com que o peemedebista perdesse a prerrogativa de foro.
Nesta quarta-feira, 5, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, prestou depoimento � Justi�a Federal, na condi��o de testemunha de Cunha. Na �ltima ter�a-feira, 4, o ex-presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva e o empres�rio Marcelo Odebrecht prestaram depoimento como testemunhas no �mbito do mesmo processo.
Chamado pela defesa de Funaro, Marcelo Odebrecht - que est� preso em Curitiba e dep�s por videoconfer�ncia - disse n�o conhecer o doleiro, e afirmou se lembrar de apenas uma reuni�o com Eduardo Cunha na resid�ncia oficial da C�mara. Sobre influ�ncia de Cunha na Caixa, Odebrecht disse que "todo mundo dava como certo que Fabio Cleto (ex-vice presidente da Caixa) estava dentro da �rea de influ�ncia de Eduardo Cunha", no depoimento prestado ao juiz Vallisney de Souza Oliveira.
(Rafael Moraes Moura)