S�o Paulo, 10 - O advogado Ant�nio Cl�udio Mariz de Oliveira, defensor do presidente Michel Temer, afirmou, em sustenta��o oral na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da C�mara, que a den�ncia do procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot contra o presidente � "uma pe�a de fic��o".
Ele declarou que o presidente n�o recebeu apenas o empres�rio Joesley Batista, do grupo JBS, no Pal�cio do Jaburu sem registro na agenda oficial.
Segundo o advogado, Temer recebeu empres�rios e parlamentares. E tamb�m o pr�prio procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. "V�rias vezes!", afirmou o advogado.
"Precisaram recorrer � fic��o, criaram hip�teses, levantaram suposi��es, adentraram no campo da cria��o intelectual, criaram uma obra de fic��o", afirmou Mariz.
Mariz atacou ponto a ponto a den�ncia de Janot, que atribui a Temer o crime de corrup��o passiva no caso JBS. "Vai-se construindo, vai-se fazendo afirma��es n�o consent�neas com a prova dos autos."
Mariz desafiou Janot a provar como o presidente pegou propina da JBS. "Onde, quando, por quem, das m�os de quem, (o presidente) recebeu o dinheiro? Qual o benef�cio da contrapartida que o presidente da Rep�blica faria? N�o h�, eu estou mostrando que n�o h�. O presidente n�o pediu nada, o presidente n�o recebeu nada. N�o houve nenhum tipo de ajuste como deseja a den�ncia."
O advogado foi enf�tico. "Procurador n�o � um acusador obstinado."
Mariz acusou o procurador-geral de n�o ter levado � den�ncia a transcri��o de depoimentos que, em sua avalia��o, seriam favor�veis a Temer.
"O papel do promotor � buscar o ideal do justo", assinalou Mariz. Ele afirmou que Janot p�s nos autos "provas seletivas, cria��es mentais".
Mariz atacou os benef�cios concedidos aos executivos da JBS pelo acordo com a Procuradoria-Geral da Rep�blica. "Incr�veis e absurdos benef�cios dados aos delatores."
Ao final, o criminalista clamou aos deputados. "Pe�o que n�o deem autoriza��o para que o presidente da Rep�blica seja julgado. Fa�am isso e estar�o fazendo Justi�a".