S�o Paulo - Ao intimar o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para novo interrogat�rio na Opera��o Lava-Jato, no dia 13 de setembro, o juiz federal S�rgio Moro abriu ao petista a possibilidade de audi�ncia ocorrer por meio de videoconfer�ncia. Neste caso, Lula n�o precisaria se deslocar a Curitiba, onde fica o gabinete de Moro, e prestaria depoimento desde a Justi�a Federal de S�o Paulo.
"Considerando o havido no interrogat�rio de Luiz In�cio Lula da Silva na a��o penal, que acabou envolvendo gastos necess�rios, mas indesej�veis de recursos p�blicos com medidas de seguran�a, diga a Defesa respectiva, em cinco dias, se tem obje��es � realiza��o de novo interrogat�rio do acusado em quest�o por videoconfer�ncia com a Justi�a Federal de S�o Paulo", afirmou Moro.
Segundo a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal, Lula � acusado de corrup��o passiva e de lavagem de dinheiro em raz�o de contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht. A acusa��o aponta que parte das propinas pagas pela Odebrecht foi lavada mediante a aquisi��o, em benef�cio do ex-presidente, em setembro de 2010, do im�vel localizado em S�o Paulo que seria usado para a instala��o do Instituto Lula.
A for�a-tarefa da Lava Jato afirma que o acerto do pagamento da propina destinada ao ex-presidente foi intermediado pelo ent�o deputado federal Antonio Palocci, com o aux�lio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a respeito da instala��o do espa�o institucional pretendido pelo petista.
De acordo com os procuradores, foi repassada para o ex-presidente cobertura cont�gua � sua resid�ncia em S�o Bernardo de Campo (SP). A den�ncia aponta que R$ 504 mil foram usados para comprar o apartamento vizinho � cobertura de Lula.
A nova cobertura, que foi utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida no nome de Glaucos da Costamarques, "que atuou como testa de ferro de Luiz In�cio Lula da Silva, em transa��o que tamb�m foi concebida por Roberto Teixeira, em nova opera��o de lavagem de dinheiro", segundo a Procuradoria . As investiga��es indicam "que nunca houve o pagamento do aluguel at� pelo menos novembro de 2015". Lula nega irregularidades.
(Julia Affonso e Fausto Macedo)