
"N�o me arrependo de ter tido rela��o com nenhuma pessoa. Aprendi que um cara como eu s� ia vencer governando esse pa�s se eu me respeitasse".
Lula criticou o tratamento dispensado pela m�dia e os investigadores da Opera��o Lava Jato � sua figura e ao partido. O ex-presidente disse que era tratado como uma "atra��o" antes de criar o PT, cen�rio que mudou ap�s sua entrada na pol�tica partid�ria.
"Depois que criei o PT, o metal�rgico puro deixou de ser puro, comecei a n�o ser tratado com o respeito que tinha".
Esse cen�rio de desconfian�a teria continuado desde ent�o, desembocando na Opera��o Lava Jato. O petista comparou a investiga��o � Invas�o no Iraque pelos Estados Unidos em 2003, quando o ent�o presidente George W. Bush alegou que o regime do ditador Saddam Hussein tinha armas qu�micas, o que foi desmentido posteriormente.
"A Lava Lato montou um esquema de comunica��o que jamais um partido pol�tico teve. Tudo tem que sair primeiro no jornal porque eles t�m que transformar em verdade pela imprensa, e a Justi�a n�o pode ser assim".
"Heran�a maldita"
Questionado sobre o porque n�o foi tentada uma aproxima��o entre ele e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o petista afirmou que os dois t�m uma rela��o bastante cordial, mas que o tucano se ressente de epis�dios como a cria��o do termo "heran�a maldita" para se referir a d�vida com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) , contra�da em seu governo. Al�m disso, FHC, "como grande intelectual, n�o soube digerir meu sucesso", ponderou.
Lula disse que um encontro entre as duas lideran�as foi inclusive articulado. "Agora mesmo, tinha gente tentando marcar conversa com o FHC e n�s n�o temos nada um contra o outro. Escolhemos at� a casa. A� vai o intermedi�rio conversar e no dia seguinte est� na imprensa", reclamou.