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Estado de Minas

Decis�o dos ca�as foi t�cnica, diz comandante da Aeron�utica


postado em 01/08/2017 18:07

Bras�lia, 01 - O comandante da Aeron�utica, Nivaldo Rossato, disse nesta ter�a-feira, 1�, n�o ter conhecimento de que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tenha influenciado a compra, pelo governo federal, de ca�as suecos. Em depoimento � Justi�a Federal, em Bras�lia, ele afirmou que a escolha do modelo Gripen, fabricado pela multinacional Saab, se deu por crit�rios t�cnicos.

O comandante afirmou que o projeto de compra dos ca�as come�ou em 1995, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, e s� se concretizou com a assinatura do contrato, no governo de Dilma Rousseff. A indica��o de tr�s modelos ao Pal�cio do Planalto - um franc�s e um americano, al�m do sueco - foi da Comiss�o Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), de profissionais da For�a A�rea Brasileira (FAB).

O processo foi entregue em 2010, no fim do governo Lula, ao Planalto, com a informa��o de que os tr�s avi�es atendiam �s necessidades da Aeron�utica. O an�ncio da escolha dos Gripen foi da ex-presidente Dilma.

Questionado sobre eventual influ�ncia de Lula, Rossato afirmou: "Desconhe�o. Sei que a presidente Dilma apresentou em 2013 a decis�o dela".

Rossato explicou que todos os modelos tinham suas vantagens, mas os Gripen se destacavam pela possibilidade de mais transfer�ncia de tecnologia, pelo pre�o mais baixo e pelo fato de a Su�cia ser um pa�s neutro, sem alinhamento com nenhuma organiza��o militar, como a Otan.

Atualmente, o projeto dos Gripen est� or�ado em US$ 4,7 bilh�es. "Era um processo que se desenrolava normalmente, extremamente t�cnico. Eles (a Copac) s�o especializados e fizeram todos os estudos. Fazem uma lista grande, e selecionam entre aqueles", declarou o comandante.

Ele dep�s como testemunha de defesa do ex-presidente Lula e do filho dele, Lu�s Cl�udio Lula da Silva, em a��o penal em que s�o acusados de integrar esquema de tr�fico de influ�ncia, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa para viabilizar a compra dos Gripen e a edi��o de medida provis�ria que favoreceu montadoras de ve�culos com incentivos fiscais.

O antecessor de Rossato no cargo, Juniti Saito, que tamb�m dep�s como testemunha de Lula e do filho, refor�ou que a indica��o do Gripen foi t�cnica e que acreditava ter o ex-presidente uma prefer�ncia pelo modelo franc�s, o Rafale. "Ele (Lula) respeitava a opini�o nossa. Ele perdeu e deixou a decis�o para a presidente Dilma", declarou Saito ao comentar a suposta inclina��o do petista pela compra do Rafale.

Saito acrescentou que, ap�s deixar a Presid�ncia, Lula n�o participou mais do processo.

O ex-comandante da Aeron�utica disse que o Gripen era o mais barato e aquele que tinha o melhor custo de manuten��o. "O Gripen estava na faixa de US$ 7 mil a hora de voo", detalhou, acrescentando que, no caso dos demais, o custo superava os US$ 10 mil.

Saito afirmou que a Aeron�utica sempre preferiu o Gripen. Contou que, em 2012, desconfiou que Dilma escolheria o modelo americano como estrat�gia de se aproximar comercialmente dos Estados Unidos. Por�m, ap�s as den�ncias de espionagem da petista pelo governo americano, as chances de a parceria vingar minguaram.

Al�m de Lula e do filho, respondem � a��o penal lobistas que atuavam para a Saab. O jornal O Estado de S. Paulo revelou em 2015 que esses lobistas pagaram R$ 2,5 milh�es a uma empresa de Lu�s Cl�udio.

Presente � audi�ncia, o advogado de Lula, Jos� Roberto Batochio, disse que os depoimentos fulminam a tese da acusa��o, de que houve tr�fico de influ�ncia na compra. As oitivas confirmaram, segundo ele, que "a op��o pelo Gripen foi de uma comiss�o da FAB". Ele afirmou que a alega��o de que houve interfer�ncia do ex-presidente no neg�cio � uma cria��o "cerebrina" do MPF, que gravita na esfera da "imagina��o".

A defesa de Lula e do filho sustenta que o ex-presidente n�o teve qualquer atua��o, sozinho ou com outros denunciados, no processo de escolha e compra dos ca�as pelo Brasil, em dezembro de 2013, e muito menos solicitou ou obteve qualquer vantagem indevida em decorr�ncia dessa aquisi��o.

Luis Cl�udio, segundo a defesa, recebeu os R$ 2,5 milh�es por servi�os efetivamente prestados. "Tais valores foram destinados a patrocinar o campeonato de futebol americano que era organizado por Luis Claudio no Pa�s", sustentam os advogados.

A defesa alega que demonstrar� a "aus�ncia de justa causa para o processamento da a��o e, ainda, os fatos reais que envolvem a acusa��o apresentada pelo MPF (Minist�rio P�blico Federal), que certamente evidenciar�o que Lula e seu filho n�o praticaram qualquer ato il�cito".

(F�bio Fabrini)


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