Ainda repercutindo a ovada recebida na noite de segunda-feira, 7, em Salvador, o prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB) disse na tarde desta ter�a, 8, que o "n�s contra eles n�o � saud�vel" e que jamais jogaria ovos contra o presidente Luis In�cio Lula da Silva, a quem voltou a chamar de "mentiroso".
"O fato de voc� ter, numa rela��o, um debate duro, n�o justifica (agress�es). Eu jamais vou agredir o presidente Lula. Jamais vou jogar ovos no presidente Lula, estimular as pessoas que fa�am isso", disse. "S� contr�rio. Acho que tem de haver uma atitude respeitosa e de conviv�ncia, ainda que minha opini�es seja contundentemente diferentes das dele", afirmou.
O prefeito havia sido questionado sobre um eventual acirramento das rela��es que tivesse partido do pr�prio Doria, que j� chamou Lula de "o maior cara de pau do Brasil" e mandou petistas "para a Venezuela".
O n�s contra eles n�o � saud�vel para o Pa�s. A vis�o de petistas, esquerdistas, versus os demais, � uma vis�o que n�o � saud�vel nem para o PT, nem para o debate para construir, quem sabe, um novo Partido dos Trabalhadores".
"Digo n�s contra eles no sentido da agressividade. Voc� transformar em atitudes de agress�o. N�o � construtivo", continuou.
"Voc� prefere ser mandado para Venezuela ou tomar um roj�o? Ou levar um ovo na cabe�a? O que voc� acha? Eu tenho minha cr�tica."
Doria afirmou que o ataque sofrido ontem foi organizado "por uma vereadora do PCdoB junto com os petistas de Salvador" e criticou os partidos de esquerda pelo apoio, nas redes sociais, ao governo de Nicolas Maduro, o qual chamou de ditadura. Doria citou os dois ex-prefeitos de Caracas presos no Pa�s e defendeu a democracia.
Em nota, o PCdoB da Bahia nega que a vereadora do partido em Salvador Aladilce Souza tenha responsabilidade pelos ovos atirados contra o prefeito. De acordo com a legenda, as ovadas foram uma rea��o � suposta a��o do prefeito da cidade, ACM Neto (DEM), que teria destacado "60 capangas" para agredir manifestantes que protestavam contra a entrega do t�tulo de cidad�o soteropolitano ao tucano.
(Bruno Ribeiro)