S�o Paulo, 10 - A quest�o do desembarque do PSDB do governo federal est� superada, admitiu nesta quinta-feira, 10, o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin. Em entrevista � Radio Ga�cha, Alckmin, um dos l�deres favor�veis � sa�da do partido da base do presidente Michel Temer, afirmou ainda que o peemedebista tem um grande problema de legitimidade, algo que s� pode ser resolvido nas urnas. At�, ent�o, o discurso de Alckmin era de que a legenda deveria desembarcar do governo ap�s as reformas.
"Acho que est� superada esta quest�o. Vamos votar as reformas independente de estar no governo", declarou Alckmin quando questionado sobre a perman�ncia ou n�o dentro da coaliz�o do governo. "Os ministros v�o acabar saindo at� porque a maioria deles � candidato. Ent�o isto depende do foro �ntimo de cada um e do presidente", acrescentou.
Os coment�rios de Alckmin ecoam o discurso de ontem do senador e presidente licenciado da sigla, A�cio Neves (MG). Visto como um dos principais caciques que defendem a perman�ncia dentro do governo Temer, o mineiro afirmou ontem, durante a reuni�o da executiva nacional do PSDB, em Bras�lia, que a divis�o dentro do pr�prio partido em rela��o ao apoio a Temer estava superada.
O governador paulista reiterou o desejo de seu partido de trabalhar pelas reformas independente da rela��o com o Planalto, mas criticou a proposta de adotar sistema de vota��o conhecido como "distrit�o", que foi aprovada na madrugada de hoje na comiss�o da reforma pol�tica da C�mara dos Deputados.
"O distrit�o � um grande equ�voco, porque enfraquece ainda mais os partidos e (provoca) uma corrida desenfreada pelo Estado inteiro para ver quem s�o os mais votados. Acho at� que pode encarecer a elei��o", criticou. Questionado sobre suas inten��es presidenciais e se procuraria o PMDB para viabiliz�-la, o tucano afirmou que a sigla tem bons quadros. Por outro lado, ele notou que o governo Temer sofre com falta de legitimidade, uma vez que assumiu um cargo sem ter recebido os votos.
Ele deu como outro exemplo sua pr�pria situa��o em 2001. "Essa � a l�gica da democracia. Fui governador sem voto porque o M�rio Covas faleceu e assumi o governo. Depois, eu fui tr�s vezes governador com voto. � totalmente diferente", ponderou. "Ent�o � claro que o governo sofre um grande problema de falta de legitimidade, o que dificulta a governabilidade".
(Marcelo Osakabe)