Bras�lia, 11 - A disputa interna do PSDB pela vaga de candidato � Presid�ncia em 2018 chegou a partidos aliados dos tucanos. DEM e PMDB, que integram a n�cleo duro de apoio ao governo Michel Temer, se aproximaram do prefeito Jo�o Doria e sinalizaram com a possibilidade de lan��-lo candidato ao Planalto. A abordagem peemedebista foi feita pelo pr�prio presidente Michel Temer (PMDB). Ele disse ao prefeito que "as portas do PMDB est�o abertas" para o tucano disputar a Presid�ncia da Rep�blica no ano que vem.
O "convite" foi feito durante uma conversa entre eles na segunda-feira na Prefeitura, pouco antes de um evento no qual o presidente distribuiu publicamente afagos a Doria, segundo relatos de quem estava no local. Procurada, a assessoria do Planalto negou o convite.
O DEM tamb�m sondou Doria sobre a disputa presidencial tendo no horizonte uma dobradinha entre ele e um quadro do partido em 2018. No limite, o DEM tamb�m est� de portas abertas a Doria caso ele n�o consiga se candidatar a presidente pelo PSDB em 2018. Os nomes citados para compor a chapa s�o o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o ministro da Educa��o, Mendon�a Filho.
Tucanos ligados ao prefeito avaliam que a chapa com um deles teria for�a no Nordeste. Em contrapartida, Doria apoiaria o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na disputa pelo governo do Rio, e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) para o governo de Goi�s.
Questionado sobre a aproxima��o, o senador Jos� Agripino (RN), presidente do DEM, tamb�m negou que o partido tenha convidado Doria. Assim como Temer, a c�pula do DEM quer evitar desgaste com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Por isso, as negativas p�blicas e os convites em privado.
O prefeito tem dito que n�o vai entrar na disputa se Alckmin, que � seu padrinho pol�tico, se colocar como candidato. Por�m, cada vez mais ele tem adotado discursos e agendas de quem pretende concorrer.
A possibilidade de deixar o PSDB tamb�m � recha�ada por Doria. Nesta quinta-feira, 10, durante evento em S�o Paulo, o prefeito voltou a descartar a sa�da do partido, mas admitiu o interesse do PMDB e do DEM. "N�o tenho inten��o de deixar o PSDB. � o meu partido. As portas (do PMDB e do DEM) foram abertas, o que me deixa muito feliz. PMDB e DEM s�o parte da nossa base em S�o Paulo", disse.
Apoios
Para aliados de Doria, a mudan�a de sigla, por�m, pode ocorrer caso o governador n�o se apresente como candidato e, mesmo assim, a c�pula tucana vete uma candidatura do prefeito. S�o cada vez mais fortes, no entanto, as press�es para que Alckmin desista de concorrer e indique Doria, que trabalha para reunir apoios externos e crescer nas pesquisas.
O nome do prefeito, contudo, enfrenta resist�ncia entre setores tucanos. Presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE), conforme apurou a reportagem, disse em reuni�o interna que Alckmin "tem prefer�ncia" na fila na escolha do candidato.
O grupo dos "tucanos hist�ricos" de S�o Paulo, do qual fazem parte o ex-governador Alberto Goldman e Jos� An�bal, presidente do Instituto Teot�nio Vilela, tamb�m n�o aceita a op��o Doria. Presidente licenciado do PSDB, o senador A�cio Neves (MG), que mant�m influ�ncia na sigla, � outro que entrou em rota de colis�o com o prefeito ap�s Doria defender publicamente seu afastamento do comando do PSDB.
Rea��o
O ass�dio a Doria e a defer�ncia de Temer ao prefeito desagradaram a aliados de Alckmin, que est� no quarto mandato no governo paulista e se articula para ocupar a vaga do PSDB na disputa pelo Planalto. Tucanos com tr�nsito no Bandeirantes reclamam dos movimentos do prefeito e fazem cr�ticas � gest�o Doria.
"N�o mudou nada. Seguimos amigos e unidos", disse o prefeito. A avalia��o no entorno de Alckmin, no entanto, � de que Doria est� decidido a disputar a Presid�ncia, dentro ou fora do PSDB. Para n�o perder espa�o, o governador vai intensificar a agenda de viagens pelo Brasil e as conversas partid�rias. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Pedro Venceslau, Ricardo Galhardo e Alberto Bombig; com colabora��o de Gilberto Amendola)