Bras�lia, 12 - Os R$ 3,6 bilh�es que devem ser destinados ao fundo p�blico eleitoral se a reforma pol�tica for aprovada pelo Congresso superam o or�amento anual de um quarto dos minist�rios do governo. Levantamento feito pelo Estado mostra que pelo menos sete pastas t�m um valor menor ou igual ao fundo.
O valor dever� ser destinado aos partidos pol�ticos para as elei��es de 2018. O Minist�rio do Meio Ambiente conta com um or�amento apenas ligeiramente maior: R$ 3,8 bilh�es.
O Minist�rio do Turismo, por exemplo, possui R$ 343 milh�es para custear despesas e realizar investimentos no setor. J� o or�amento do Esporte � de R$ 960 milh�es e do Minist�rio da Transpar�ncia, de R$ 986 milh�es. Cultura (R$ 2,5 bilh�es), Ind�stria e Com�rcio Exterior (2,6 bilh�es), Advocacia-Geral da Uni�o (R$ 3,5 bilh�es) e Rela��es Exteriores (R$ 3,6 bilh�es) completam a lista.
Esses valores correspondem ao or�amento das pastas antes do corte adicional de R$ 5,9 bilh�es anunciado pelo governo no fim do m�s passado.
A proposta de criar o fundo consta no relat�rio aprovado na quarta-feira passada pela comiss�o especial que debate a reforma pol�tica na C�mara. O texto, que tamb�m aprovou a mudan�a do sistema eleitoral para o chamado "distrit�o", ainda precisa passar pelos plen�rios da C�mara e do Senado. Para valer para 2018, as medidas t�m de ser aprovadas nas duas Casas at� final de setembro. Por se tratar de uma emenda � Constitui��o, a proposta precisa do apoio de 308 deputados e de 49 senadores.
Apesar de pol�mico, a cria��o do fundo � praticamente consenso entre os parlamentares, j� que a classe pol�tica busca uma maneira de abastecer os caixas das campanhas ap�s a proibi��o das doa��es empresariais e as investiga��es da Opera��o Lava Jato.
"A quest�o toda � como voc� financia a elei��o? Infelizmente, a gente n�o tem alternativa a n�o ser buscar recursos p�blicos", disse o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ).
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Isadora Peron)