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Estado de Minas

Raquel Dodge deve ser cobrada sobre visita a Temer, diz procurador da Lava-Jato

A futura procuradora-geral da Rep�blica reuniu-se com Temer, na semana passada, Temer fora agenda oficial


postado em 14/08/2017 12:37 / atualizado em 14/08/2017 12:46

S�o Paulo - O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, em Curitiba, afirmou nesta segunda-feira, 14, em S�o Paulo, que "todo funcion�rio p�blico � respons�vel pelos atos que t�m". Lima se referiu � visita da futura procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, ao Pal�cio do Jaburu, em um encontro na noite de 8 de agosto, fora da agenda, com o presidente Michel Temer.

"� claro que ela tem que se explicar, ela deu uma explica��o, ela que deve, ent�o, ser cobrada das consequ�ncias desse ato", disse o procurador da Lava-Jato. "Infelizmente, n�o h� como fugir da responsabiliza��o das pessoas perante a sociedade", comentou.

Raquel Dodge vai substituir o atual procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, em setembro. Ela foi escolhida por Temer na lista tr�plice eleita pela classe. Pegou o segundo lugar no pleito, suplantada pelo preferido de Janot, e acabou indicada pelo presidente.

Lima contou que a for�a-tarefa da Lava-Jato, em Curitiba, teve "muitos conflitos com o Dr Rodrigo Janot nesse per�odo". "Maior parte resolvido internamente sem nenhum tipo de problema. Dra. Raquel Dodge tem um hist�rico muito bom e muito forte na �rea criminal, inclusive do Minist�rio P�blico Federal. N�s acreditamos, e a equipe dela � excelente, � a equipe inclusive que atuou no caso do mensal�o. N�o acreditamos que aja uma mudan�a na ess�ncia. Minist�rio P�blico s� tem uma atividade: investigar e acusar quem for o respons�vel", afirmou.

"N�s temos, na verdade, duas investiga��es da Lava-Jato. Nossa, sob responsabilidade da Lava-Jato, em Curitiba, e agora talvez espalhada pelo Brasil, cada grupo de Lava-Jato pelo Brasil tenha inteira responsabilidade pelos atos que toma. O procurador-geral pouco pode influenciar nas decis�es."

No dia 8 de agosto, Temer recebeu no Pal�cio do Jaburu, a nova procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, em encontro marcado fora da agenda oficial. Raquel chegou por volta das 22h, em seu carro oficial.

Na ocasi�o, a assessoria do Planalto disse que Temer atendeu a um pedido de Raquel para conversar sobre a sua posse no cargo, que ser� realizada no dia 18 de setembro, um dia depois do encerramento do mandato do seu algoz, o atual procurador, Rodrigo Janot.

O procurador da Lava-Jato participa do F�rum de Compliance da Amcham, na sede da entidade, em S�o Paulo. O semin�rio trata da constru��o da cultura de integridade e anticorrup��o no setor p�blico e privado brasileiro.

No mesmo evento, Lima revelou que a for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato de Curitiba foi convidada "a comparecer no Pal�cio do Jaburu � noite" �s v�speras da vota��o do impeachment. A ex-presidente Dilma Rousseff foi alvo de processo de impedimento no ano passado.

"Tenho para mim que encontros fora da agenda n�o s�o ideais para nenhuma situa��o de um funcion�rio p�blico. N�s mesmos �s v�speras, no dia da vota��o do impeachment, fomos convidados a comparecer no Pal�cio do Jaburu, � noite, e nos recusamos. N�s entend�amos que n�o t�nhamos nada que falar com o eventual presidente do Brasil naquele momento", afirmou. "S� houve um convite e n�s recusamos", enfatizou.

"Eu n�o sou o corregedor do Minist�rio P�blico. Eu posso dizer por n�s. N�s estivemos em uma situa��o semelhante e nos recusamos comparecer. N�s temos agora que avaliar as consequ�ncias dentro da pol�tica que o Minist�rio P�blico vai ter a partir da gest�o dela", disse o procurador.


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