S�o Paulo, 15 - Os procuradores da Rep�blica Carlos Fernando dos Santos Lima e Deltan Dallagnol, da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, em Curitiba, atacaram a "falsa reforma pol�tica" e conclamaram as pessoas a "dizerem n�o" � tentativa de "velhos pol�ticos se agarrarem ao Poder".
A an�lise sobre a proposta de emenda � Constitui��o (PEC) que instituiu o chamado distrit�o e a cria��o do fundo p�blico de R$ 3,6 bilh�es para financiamento da campanha, terminou hoje e o texto agora est� pronto para ir � vota��o no plen�rio.
"Vamos dizer n�o a essa falsa reforma pol�tica que nos prende ao passado."
Duas principais faces p�blicas da Lava Jato, em Curitiba, Carlos Fernando e Dallagnol gravaram um v�deo, postado em seus perfis no Facebook.
"Amanh�, 16 de agosto, a C�mara dos Deputados pretende aprovar uma falsa reforma pol�tica. N�o podemos permitir isso. Eles pretendem tirar dinheiro do seu bolso, (R$ 3,6 bilh�es) para colocar no saco sem fundo dos partidos pol�ticos", afirma Carlos Fernando, procurador Regional da Rep�blica.
"Eles n�o pretendem campanhas mais baratas, eles querem o distrit�o, onde velhos caciques v�o se reelegendo, reelegendo eternamente. N�s precisamos mudar."
Coordenador da equipe da Lava Jato, que iniciou o esc�ndalo Petrobras, Dallagnol afirmou que "a velha pol�tica, aqueles pol�ticos que voc� est� cansado, querem se agarrar ao poder".
"Eles est�o usando duas estrat�gias: primeiro ampliar o fundo partid�rio, o dinheiro que sai do seu bolso para a pol�tica, de R$ 700 milh�es para R$ 3,6 bilh�es. Esse dinheiro vai ficar na m�o dos caciques partid�rios, que v�o distribuir para aqueles mesmos velhos conhecidos pol�ticos, muitos deles corruptos, para ajudar a chance deles se reelegerem."
Segundo ele, o distrit�o previsto na reforma far�o as campanhas ficarem mais caras e ajudar�o a aumentar as chances de reelei��o.
"E por que est�o querendo se agarrar tanto aos seus cargos? Vejam que um ter�o de parlamentares s�o objeto de investiga��o no Supremo Tribunal Federal. Para muitos deles, perder o mandato significa perder o foro privilegiado e, com isso, ter um grande risco de ir para a cadeia", diz Dallagnol.
(Ricardo Brandt e Luiz Vassallo)