Bras�lia, 17 (AE), 17 - O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ant�nio Imbassahy, que � deputado federal licenciado (PSDB-BA), criticou o programa do seu partido que foi ao ar em cadeia nacional de r�dio e TV nesta quinta-feira, 17. Depois de avisar "desconhecer" que o conjunto do partido tenha sido consultado sobre o que foi ao ar, atacou indiretamente o presidente em exerc�cio do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que idealizou a pe�a publicit�ria.
"A linha adotada no programa partid�rio ofende fortemente o PSDB, colocando o partido numa posi��o extremamente ruim e desconfort�vel, como se fosse o culpado por todos os problemas, inclusive aqueles criados por governos do PT, dos quais foi oposi��o", declarou Imbassahy, em nota. Ele acrescentou que o programa "apresenta coloca��es rasas, gen�ricas, e n�o teve a coragem de apontar os culpados pelos v�cios e mazelas que o programa condenou".
Al�m de Imbassahy, os ministros das Rela��es Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e das Cidades, Bruno Ara�jo, j� tinham condenado o teor do programa. O epis�dio deixa em situa��o desconfort�vel os tucanos que est�o no governo, particularmente o Secret�rio de Governo, que ocupa um gabinete do Planalto.
"Em vez de fortalecer o partido e apresentar contribui��es ao Pa�s, preferiu-se expor, em rede nacional, uma divis�o interna que, a meu ver, j� havia sido superada. As dificuldades e diverg�ncias precisam ser resolvidas com di�logo e equil�brio e n�o com atitudes autorit�rias e desagregadoras", afirmou Imbassahy.
Para o ministro, "o PSDB, que tem uma s�lida hist�ria de contribui��o ao Pa�s, e que agora se empenha em ajudar o governo do presidente Michel Temer a realizar as reformas e fazer com que o Brasil chegue em 2019 em condi��es muito melhores, n�o pode continuar sendo um fator gerador de crises, criando instabilidades que atrapalham o governo e, consequentemente, o Pa�s".
O partido votou dividido no pedido de abertura de investiga��o contra o presidente Temer. O presidente, no entanto, n�o pretende fazer qualquer tipo de retalia��o aos tucanos porque entende que eles, reformistas que s�o, poder�o ajudar na aprova��o das reformas que o Planalto quer ainda aprovar nos pr�ximos meses.
(Tania Monteiro)