S�o Paulo, 23 - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu o desejo de concorrer � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSDB nas pr�ximas elei��es, em 2018, mas reconheceu que esta n�o � uma decis�o unilateral, e sim, "coletiva". A declara��o foi feita pelo tucano em v�deo publicado no Twitter, em resposta a quest�es enviadas por internautas.
"Candidatura a cargo majorit�rio, como presidente da Rep�blica, n�o � uma decis�o pessoal. � uma decis�o coletiva que come�a pelo partido, tem que ouvir as alian�as, a sociedade. Este � o bom caminho", disse Alckmin. "Se voc� (internauta) me perguntar se quero ser [candidato], eu digo que sim e estou preparado para ser candidato. N�o vai ser f�cil o futuro, mas o Brasil tem tudo para se recuperar", declarou.
O governador citou como prioridade para o Pa�s, em seu eventual governo, "uma boa pol�tica fiscal, que deixe espa�o para investimento; juros, como o mundo inteiro � baix�ssimo e at� negativo; e c�mbio que permita ao Brasil jogar o jogo do s�culo 21, com uma grande inser��o internacional e no com�rcio exterior". Ainda assim, ele ponderou que a decis�o sobre a candidatura �, de fato, coletiva e deve ocorrer no final deste ano.
O modelo de financiamento de campanha tamb�m foi abordado por Alckmin em um dos v�deos. "Com 35 partidos pol�ticos, n�o d� para ter financiamento p�blico. Neste caso, � preciso ter financiamento privado, mas com regras para campanhas muito mais baratas. Numa campanha majorit�ria, o mais caro � televis�o, � a cena externa", explicou o governador, que sugeriu um modelo menos apoiado em marketing. "Defendo uma campanha mais verdadeira, � o microfone e uma mesa: � est�dio. O candidato exp�e suas ideias, sem marquetagem. [Campanha] Muito mais verdadeira e muito mais barata."
O financiamento p�blico de campanha, como est� sendo debatido na reforma pol�tica em tramita��o no Congresso, � mais adequado, segundo Alckmin, no parlamentarismo. "Temos financiamento p�blico geralmente no parlamentarismo, com poucos partidos e lista partid�ria", declarou o tucano.
"O PSDB defende, no seu programa, o parlamentarismo. Ele d� estabilidade ao que deve ser est�vel, que � a chefia de Estado, e permite substituir, quando se perde a confian�a, o chefe de governo. � um sistema que se adapta melhor a crises e tem bons resultados", afirmou. Ainda assim, o governador lembrou que o modelo pressup�e partidos pol�ticos com programas e fidelidade partid�ria, "coisa que o Brasil n�o tem hoje".
Neste sentido, Alckmin defendeu como necess�ria uma reforma pol�tico-partid�ria, para que depois seja discutida a transi��o ao modelo parlamentarista. Ele refutou que haja um racha no partido e considerou como salutar a diverg�ncia entre alas do PSDB, o que permite debate de ideias para que sejam apresentados projetos positivos ao Pa�s.
Outra reforma defendida pelo tucano em uma das respostas na rede social � a da Previd�ncia. "Ela � necess�ria e defendo um regime geral de Previd�ncia, igual para o setor p�blico e privado. A reforma da Previd�ncia tem dois objetivos, o primeiro � justi�a social e o segundo � acabar com o d�ficit", declarou. Alckmin lembrou que j� implementou o modelo geral no Estado de S�o Paulo em 2011, fazendo com que novos funcion�rios p�blicos dos tr�s setores se aposentem pelo teto do INSS, de R$ 5 mil. "A partir da�, � capitaliza��o individual, previd�ncia complementar e facultativa."
(Caio Rinaldi)
GOVERNADOR DE S�O PAULO