STF mant�m com Moro cita��o a Lula em caso de sondas para extra��o do pr�-sal

Bras�lia, 29 - A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta ter�a-feira, 29, rejeitar um recurso do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que pedia que a Corte revisse a decis�o de enviar � 13� Vara Federal de Curitiba, do juiz S�rgio Moro, as cita��es a Lula em rela��o a um caso que apura supostas irregularidades na constru��o de sondas para extra��o do petr�leo do pr�-sal. A defesa de Lula afirmava que o caso n�o tinha rela��o com a Lava Jato e pedia o envio � Justi�a Federal em S�o Paulo.

O caso faz parte do conjunto de informa��es apresentadas pelos delatores da Odebrecht - no caso, Marcio Faria da Silva, Rog�rio Santos de Ara�jo e o herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht. Delatores falaram que um cons�rcio formado por Odebrecht, OAS e UTC, ap�s vencer uma licita��o para o fornecimento de sondas, teria recebido solicita��o de propina - no valor de 1% dos contratos firmados - de Pedro Barusco, ex-diretor da Petrobras e da Sete Brasil, criada para gerenciar a compra de sondas. O delator Rog�rio Santos de Ara�jo diz que Lula e o PT teriam pedido parte deste porcentual. Marcelo Odebrecht teria negado o pedido do PT afirmando que os valores solicitados pelo partido j� estariam sendo contemplados no valor global acertado com o ex-ministro de Estado Ant�nio Palocci.

"Al�m de a refer�ncia ao nome do Agravante ser absolutamente despropositada, n�o h� qualquer depend�ncia rec�proca entre tais fatos e aqueles que s�o objeto da Opera��o Lava Jato", disse a defesa do ex-presidente.

Segundo a defesa de Lula, o caso deveria seguir para S�o Paulo porque este que seria o local onde, de acordo com o Minist�rio P�blico Federal, teria se dado o suposto acordo.

"Assim, o simples fato de os depoimentos terem sido colhidos 'no decorrer das investiga��es da Opera��o Lava Jato' n�o justifica a concentra��o da compet�ncia para apura��o de suposto pagamento de valores indevidos a funcion�rios da Sete Brasil e a pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores, dado que os eventos n�o guardam proximidade com a apura��o de contrata��es junto � Petrobras", disse o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula.

(Breno Pires e Rafael Moraes Moura)