Bras�lia, 30 - Um evento do PCdoB na C�mara dos Deputados reuniu nesta quarta-feira, 30, uma lista de convidados que, um ano atr�s, na v�spera da aprova��o definitiva do impeachment da ent�o presidente Dilma Rousseff, jamais ficariam lado a lado.
Uma das maiores defensoras de Dilma, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), sentou pr�xima ao presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cujo partido foi um dos principais articuladores do afastamento da petista.
Presidente da Rep�blica em exerc�cio, Maia veio � C�mara somente para participar do ato e adotou um tom conciliador em seu discurso, que foi visto pelos presentes como um "ensaio" para o mote do novo partido que ele e outros integrantes do DEM articulam: uma legenda mais de centro, sem tanta liga��o com a direita, mas ainda distante dos ideais de esquerda.
"Precisamos entender que o centro � onde os que pensam diferente t�m capacidade de di�logo. O centro � o espa�o onde o PCdoB pode dialogar com os Democratas", disse Maia, lembrando que o partido comunista apoiou a sua candidatura � reelei��o da C�mara no in�cio do ano.
Gleisi, que hoje ocupa a presid�ncia nacional do PT, lembrou que nesta quinta-feira, 31, completar� um ano do impeachment de Dilma e rebateu Maia. "N�s podemos dialogar sim. Mas temos que ter lado", afirmou.
Segundo ela, desde que Michel Temer chegou ao Pal�cio do Planalto, ela se pergunta em que o Brasil melhorou. "Em nada", respondeu.
(Isadora Peron)