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Estado de Minas

Palocci diz ter sugerido a Lula compra formal de terreno


postado em 07/09/2017 15:07

S�o Paulo, 07 - O ex-ministro Antonio Palocci alegou, ao juiz federal S�rgio Moro, nesta quarta-feira (6) ter aconselhado o ex-presidente Lula que recebesse o terreno onde seria sediado o Instituto Lula como doa��o formal, ou 'revestida de formalidade', porque, segundo ele, as rela��es delituosas entre o PT e a empreiteira j� estavam 'monstruosas' e a suposta aquisi��o, de forma encoberta pela Odebrecht, poderia criar uma 'fratura exposta desnecess�ria'.

Palocci foi preso na Opera��o Omert�, desdobramento da Lava Jato, em setembro de 2016, e condenado por Moro a 12 anos e 2 meses de pris�o. Ele est� tentando fechar acordo de dela��o premiada com a for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal.

O ex-ministro resolveu confessar seus crimes em interrogat�rio no �mbito de processo relacionado � suposta compra, pela Odebrecht, do apartamento vizinho ao de Lula, em S�o Bernardo do Campo, e do terreno onde seria sediado o Instituto Lula. Segundo o Minist�rio P�blico Federal, os im�veis s�o formas de pagamento a Lula de vantagens indevidas.

Palocci afirmou ter conversado sobre a compra do im�vel com o amigo de Lula, Jos� Carlos Bumlai, que teria relatado que seu parente, Glaucos Costamarques, compraria o terreno da mesma forma que j� estaria fazendo com o apartamento vizinho ao do ex-presidente, em S�o Bernardo. "Eu fiz perguntas [A Bumlai]: eu n�o t� entendendo o que est�o fazendo. O instituto n�o vai ser feito para receber doa��es de empresas? Para pintar de cores melhores, doa��es licitas e il�citas, confesso, n�o � para isso que est� fazendo o instituto? Ent�o por que vamos inaugur�-lo j� com ilegalidade deste tamanho? V�o comprar agora em nome de voc�s?"

O ex-ministro ainda diz ter se encontrado com Lula para question�-lo sobre as aquisi��es. "A� eu voltei ao presidente: presidente do que se trata esse apartamento? A� ele explicou que a seguran�a tinha alugado e que ele gostou daquele apartamento e que era um andar com dois, como ele tem 5 filhos ficaria melhor e estava pensando em comprar o apartamento."

Em seguida, alegou ter voltado a falar com Bumlai sobre a compra do im�vel. "A� eu voltei a falar com ele sobre o pr�dio do instituto e falei da minha conversa com Bumlai: 'Eu to preocupado e n�o gostaria de fazer desse jeito. Eu acho que Se o senhor est� fazendo um instituto para receber doa��es e fazer sua atividade, n�o sei por que procurar agora um terreno e porque n�o esperar. N�o tem problema nenhum receber doa��o da Odebrecht, mas que seja formal ou revestida de formalidade. Eu comentei com ele nesse dia que nosso il�cito com Odebrecht est� monstruoso e, se fizer esse tipo de opera��o, vamos criar uma fratura exposta desnecess�ria", relatou.

Nesta quarta-feira (6), espontaneamente, Palocci confessou ainda ter intermediado rela��es delituosas entre o Lula e o grupo Odebrecht. Segundo o ex-ministro a empreiteira ofereceu um pacote de propinas que envolve R$ 300 milh�es, o terreno onde seria sediado o Instituto Lula e o s�tio em Atibaia.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE LULA

"Palocci muda depoimento em busca de dela��o O depoimento de Palocci � contradit�rio com outros depoimentos de testemunhas, r�us, delatores da Odebrecht e com as provas apresentadas.

Preso e sob press�o, Palocci negocia com o MP acordo de dela��o que exige que se justifiquem acusa��es falsas e sem provas contra Lula.

Como L�o Pinheiro e Delc�dio, Palocci repete papel de validar, sem provas, as acusa��es do MP para obter redu��o de pena.

Palocci compareceu ato pronto para emitir frases e express�es de efeito, como "pacto de sangue", esta �ltima anotada em pap�is por ele usados na audi�ncia.

Ap�s cumprirem este papel, dela��es informais de Delc�dio e L�o Pinheiro foram desacreditadas, inclusive pelo MP.

Cristiano Zanin Martins"


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