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Estado de Minas

'Muitas pernas tremem' ao falar em combate � corrup��o, diz Janot


postado em 12/09/2017 12:31

Bras�lia, 12 - Alvo de cr�ticas, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, disse nesta ter�a-feira, 12, que as rea��es contra as investiga��es s�o "estrat�gia de defesa". "Como n�o h� escusas para os fatos que vieram � tona, tanto s�o os fatos e escancarados, que a estrat�gia de defesa tem sido tentar desacreditar a figura das pessoas encarregadas do combate � corrup��o", afirmou Janot, que est� em sua �ltima semana no comando do Minist�rio P�blico Federal. Ao iniciar discurso, ele disse que quando v�rias institui��es se unem no combate � corrup��o "muitas pernas tremem".

Desde a vinda � tona da dela��o dos executivos da J&F, Janot tem sido alvo de cr�ticas de v�rios setores, incluindo por parte da defesa do presidente Michel Temer. Em discurso nesta manh� no Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP), Janot afirmou que h� rea��es "proporcionais" ao avan�o das investiga��es. "Nunca se viu tantas investiga��es abertas, tantos agentes p�blicos e privados investigados, processados e presos", disse.

Ele citou frase de Henry Ford ao dizer que "h� mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam" e mandou um recado aos pol�ticos investigados: "Temos que lembrar disso todos os dias e lembrar aos nossos a detratores que n�o conjugamos dois verbos: retroceder e desistir do combate � corrup��o".

Janot tamb�m citou Bertolt Brecht para dizer "pe�o a todos que n�o considerem normal o que acontece sempre" e disse que h� um "quadro de patrimonialismo, fisiologismo e clientelismo" que marca a hist�ria do Brasil. Segundo ele, os cidad�os s�o t�o confrontados com os esc�ndalos de corrup��o que "quase banaliza" a pr�tica.

Ao defender as a��es preventivas e repressivas no combate � corrup��o, o procurador-geral disse que o Pa�s deve lutar "para que as crian�as cres�am com a certeza de que vale a pena ser correto, �tico".

Segundo ele, � preciso de abordagens preventivas para gerar "forma��o �tica de uma nova gera��o". "N�o h� como retroceder, embora ainda haja muito a realizar", disse Janot.

Nos seus �ltimos dias � frente da PGR, o procurador-geral ainda pretende enviar uma segunda den�ncia contra o presidente Michel Temer e a forma��o de uma organiza��o criminosa pelo PMDB da C�mara.

Ap�s dizer que nem o mundo nem o Brasil v�o acabar com a corrup��o, Janot defendeu que se combata "de forma incessante a corrup��o end�mica".

Ele citou que 36% dos participantes de uma pesquisa citaram que o combate � corrup��o � a principal demanda para o MPF, � frente do combate ao crime e do acesso aos servi�os p�blicos. "Isso mostra uma evolu��o da percep��o da sociedade de que o �xito das pol�ticas p�blicas depende da boa gest�o. A sociedade compreende que a corrup��o � causa da m� presta��o de servi�os", disse ele. Segundo o procurador, a corrup��o desvia muito dos recursos da sa�de, da educa��o, da infraestrutura e "aniquila sonhos de dias melhores".

Ele mencionou estudo de 2008 sobre o porcentual do PIB sugado pela corrup��o e disse que, atualizando os dados para valores de 2016, o n�mero chegaria a 2% ou 3% do PIB. "Em 2016 isso significaria mais de R$ 100 bilh�es, enquanto o d�ficit prim�rio da uni�o hoje � estimado em R$ 150 bilh�es", afirmou Janot.

(Beatriz Bulla e Eduardo Rodrigues)


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