Curitiba, 13 - O depoimento do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva j� passava de uma hora de dura��o na tarde desta quarta-feira, 13. Ao responder a uma pergunta da procuradora da Isabel Groba, o petista se referiu a ela como "querida".
"N�o sei, querida, n�o sei", disse.
A procuradora pediu que Lula n�o se dirigisse a ela nestes termos. "Pediria que o sr ex-presidente se referisse ao membro do Minist�rio P�blico pelo tratamento protocolar devido."
Lula perguntou. "Como seria, Dra?"
Moro, ent�o, interrompeu. "Sr ex-presidente, pe�o escusas, n�o percebi isso de maneira t�o clara. Sei que o sr ex-presidente n�o tem nenhuma inten��o negativa em utilizar esse termo 'querida', mas pe�o que n�o utilize. Pode chamar de Dra, sra procuradora, perfeito?"
"T� bem", disse Lula.
Lula � r�u por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro sobre contratos entre a empreiteira e a Petrobras. Segundo o Minist�rio P�blico Federal os repasses il�citos da Odebrecht chegaram a R$ 75 milh�es em oito contratos com a estatal. O montante, segundo a for�a-tarefa da Lava Jato, inclui um terreno de R$ 12,5 milh�es para Instituto Lula e cobertura vizinha � resid�ncia de Lula em S�o Bernardo do Campo de R$ 504 mil.
(Julia Affonso, Ricardo Brandt, Luiz Vassallo, Fausto Macedo, Eduardo Laguna, Elisa Clavery e Ricardo Galhardo)