
Ciro lembrou que o ex-presidente passa por um per�odo de dificuldades e que n�o pretende tomar a iniciativa de agravar ainda mais a situa��o. Por�m, deixou claro que o posicionamento do Partido dos Trabalhadores de apoiar a candidatura de Eun�cio Oliveira (PMDB-CE) para a presid�ncia do Senado enfraquece os argumento de que houve um golpe de Estado no Pa�s, que culminou no impeachment da ex-presidente da Rep�blica Dilma Rousseff. O senador cearense foi um parlamentares que votaram a favor do impeachment.
"N�s estamos ferindo de morte a narrativa central de que ainda dava a n�s alguma respeitabilidade na opini�o p�blica progressista brasileira, que � a ideia de que o Brasil est� sob um golpe de Estado. Como � que eu posso ent�o assistir na semana passada o Lula abra�ado com (ex-presidente do Senado) Renan Calheiros (PMDB-AL), que era senador e votou pelo impeachment?", afirmou o pedetista, que participou nesta quinta-feira, 14, de um evento no Rio.
Ciro Gomes tamb�m criticou a postura do PT na elei��o para governador do Amazonas, quando apoiou a candidatura do senador Eduardo Braga, do PMDB.
Ciro tem se colocado como pr�-candidato � presid�ncia em 2018. Em entrevistas recentes, afirmou que s� se candidataria se Lula n�o estivesse na disputa. Nesta quinta, Ciro reafirmou sua inten��o em concorrer e disse acreditar que a presen�a do ex-presidente comprometeria o debate pol�tico.
Para Ciro Gomes, o Brasil precisa passar um amplo debate da atual crise pol�tica para que se possa construir novos caminhos e super�-la. A entrada de Lula na disputa, acredita, tornaria o debate "passional". "O ambiente de �dios e paix�es tira qualquer chance de o Pa�s ter um minuto de discuss�o s�bria do seu futuro", afirmou.
Sobre a nova den�ncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) encaminhada nesta quinta-feira, 14, pela Procuradoria Geral da Rep�blica, o pedetista disse acreditar que ela ter� o mesmo resultado da primeira: a C�mara n�o vai autorizar a abertura do processo. "N�s estamos com um problema grave, de que a maioria org�nica da C�mara brasileira � parte da quadrilha, um conjunto ramificado e quadrilheiro", afirmou.
O pedetista acredita que a repulsa popular a essas pr�ticas j� est� diminuindo o apoio a Temer. "(Os deputados) v�o cobrar (pelo apoio) vai ser outra rodada pesada e eles (o governo) v�o bancar".