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Estado de Minas

Supremo prev� rela��o menos tensa com Dodge


postado em 17/09/2017 08:07

Bras�lia, 17 - Depois de um desgaste na rela��o entre Rodrigo Janot, no fim do mandato como procurador-geral da Rep�blica, e o Supremo Tribunal Federal (STF), a expectativa na Corte � de que sua substituta, Raquel Dodge, titular da PGR a partir de amanh�, foque no papel institucional do Minist�rio P�blico Federal, sem descuidar dos rumos da Opera��o Lava Jato.

A forma como Janot conduziu o epis�dio do �udio do empres�rio Joesley Batista, dono da J&F, e Ricardo Saud, ex-executivo da holding, causou desconforto no STF.

Ministros e auxiliares avaliaram que, quando anunciou a descoberta da grava��o que trazia ind�cios de omiss�o de fatos graves por delatores, Janot exp�s negativamente o Tribunal por ter revelado, sem explicar o contexto, que havia cita��es a seus integrantes.

Se o perd�o judicial concedido por Janot aos executivos da J&F j� era alvo de questionamentos, ap�s o epis�dio da grava��o surgiram d�vidas sobre se a PGR se descuidou neste acordo de colabora��o.

Ministros do Supremo ouvidos pelo Estado elogiam o perfil da sucessora de Janot e dizem acreditar que, pela experi�ncia na �rea do direito penal, ela vai atuar de forma firme e rigorosa, sem comprometer os desdobramentos da Lava Jato.

Em sinal de defer�ncia � Corte, Raquel fez quest�o de se encontrar com ministros antes de sua posse, apresentando a equipe e entregando pessoalmente convites para a solenidade, que ter� a presen�a do presidente Michel Temer - alvo de duas den�ncias de Janot, a mais recente apresentada na quinta-feira ao Supremo por organiza��o criminosa e obstru��o da Justi�a.

Auxiliares da presidente do STF, ministra C�rmen L�cia, apostam em "um novo tempo", com uma maior harmoniza��o das rela��es com a PGR.

�nico ministro do STF publicamente cr�tico a Janot, Gilmar Mendes n�o esconde a expectativa pela substitui��o do desafeto por Raquel. "Ela � uma pessoa qualificada, tem grande experi�ncia institucional no Minist�rio P�blico e enfrenta um grande desafio pela frente: restaurar os la�os de credibilidade da Procuradoria-Geral. Tenho a impress�o de que ela restaura um quadro de normalidade, de confian�a e de dec�ncia nos quadros da PGR", disse.

O ministro - que se encontrou com Temer um dia antes de ele anunciar a escolha de Raquel, segunda mais votada na lista tr�plice do MP - n�o participou do julgamento em que, por nove a zero, o STF rejeitou afastar Janot das investiga��es contra Temer no caso J&F.

Para o ministro Luiz Fux, Raquel cumpre bem as "fun��es institucionais". "Ela encarna a figura do MP como ele deve ser, � bem equilibrada, discreta, en�rgica", disse.

Segundo o ministro Marco Aur�lio Mello, a Lava Jato estar� em "boas m�os". "A doutora Raquel � uma pessoa aplicada, � uma pessoa que tem os olhos voltados para os interesses nacionais permanentes."

(Beatriz Bulla, Breno Pires , Rafael Moraes Moura)


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