Bras�lia, 19 - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, convocou nesta segunda-feira, 18, o comandante do Ex�rcito, general Eduardo Villas B�as, para pedir explica��es ap�s a repercuss�o negativa das declara��es do general da ativa Antonio Hamilton Martins Mour�o.
O Ex�rcito tenta contornar a situa��o, j� que Mour�o tem uma forte lideran�a na tropa. Na sexta-feira passada, dia 15, em palestra, o general da ativa defendeu a possibilidade de interven��o militar diante da crise enfrentada pelo Pa�s, caso a situa��o n�o seja resolvida pelas pr�prias institui��es.
Por meio de nota, o ministro da Defesa afirmou que tamb�m orientou o comandante "quanto �s provid�ncias a serem tomadas", mas n�o explicou quais seriam essas medidas.
No fim de semana, ao tomar conhecimento das afirma��es, Jungmann relatou o fato ao presidente Michel Temer e avisou que deixou nas m�os do comandante a decis�o sobre como conduzir o caso. O general Villas B�as ouviu as explica��es do general e disse que o problema estava "superado". Mour�o j� protagonizou outro desconforto pol�tico em outubro de 2015, quando criticou o governo da presidente cassada Dilma Rousseff. Pelo Regulamento Disciplinar do Ex�rcito, o general pode ser punido por dar declara��es de cunho pol�tico, sem autoriza��o de seu superior hier�rquico.
A decis�o do comandante do Ex�rcito foi interpretada como uma tentativa de abafar o caso e n�o teria agradado a Jungmann. O ministro esperava algum tipo de sinal de que esse tipo de declara��o n�o pode ser tolerado. De acordo com integrantes do Alto Comando, Mour�o est� exatamente a seis meses de deixar o servi�o ativo.
Puni��o
Em 2015, por causa de suas declara��es, o general Mour�o chegou a perder o Comando Militar do Sul e foi transferido para a Secretaria de Economia e Finan�as, um cargo burocr�tico. Agora, diante da press�o pol�tica, ele pode ser retirado de sua fun��o, como medida paliativa para que seu gesto n�o sirva de "incentivo" a outras manifesta��es semelhantes.
O assunto, no entanto, ainda est� sendo objeto de discuss�o, porque h� quem entenda que puni-lo poderia levar a uma leva de solidariedade no Ex�rcito, criando um clima pol�tico considerado "desnecess�rio" As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(T�nia Monteiro)