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Estado de Minas

Na Lava Jato, Bendine chama Dilma como testemunha


postado em 20/09/2017 15:01

S�o Paulo, 20 - O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine chamou a ex-presidente Dilma Rousseff para depor como sua testemunha de defesa na Opera��o Lava Jato. O executivo � acusado de receber R$ 3 milh�es em propinas da Odebrecht.

Al�m de Bendine, s�o acusados os operadores financeiros Andr� Gustavo Viera da Silva e Ant�nio Carlos Vieira da Silva J�nior e �lvaro Jos� Galliez Novis e os executivos Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, da Odebrecht. A for�a-tarefa da Lava Jato acusa o grupo pelos crimes de corrup��o passiva, corrup��o altiva, lavagem de dinheiro, pertin�ncia a organiza��o criminosa e embara�o � investiga��o de infra��es penais.

Dilma faz parte de rol de 17 testemunhas. Bendine assumiu � Presid�ncia da Petrobras em 2015, indicado pela ent�o presidente. Ele substituiu Gra�a Foster. A miss�o do executivo, segundo amplamente divulgado pelo governo e por ele pr�prio ao tomar posse, era ajustar o balan�o da companhia e contabilizar as perdas com a corrup��o diante do esc�ndalo que j� fazia a petroleira sangrar desde mar�o de 2014.

Bendine saiu do Banco do Brasil para a estatal petrol�fera. Era um nome de confian�a do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O ex-presidente da Petrobras est� preso - foi capturado em 27 de julho na Opera��o Cobra, fase 42 da Lava Jato.

Est�o na lista dos convocados o vice-presidente de neg�cios de atacado do BB Antonio Mauricio Maurano Paulo Ricci, o vice-presidente de distribui��o de varejo Walter Malieni Junior e o ex-presidente do banco Alexandre Corr�a de Abreu, sucessor de Bendine.

Bendine arrolou ainda o presidente do Conselho de Administra��o da Petrobras, Nelson Carvalho, e tr�s integrantes da diretoria executiva da estatal: Solange Guedes Roberto Moro e Jorge Celestino.

Segundo a den�ncia, Aldemir Bendine inicialmente fez um pedido de propina no valor de R$ 17 milh�es, quando era presidente do Banco do Brasil, "para viabilizar a rolagem de d�vida de um financiamento da Odebrecht Agroindustrial". A acusa��o aponta que os executivos Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, delatores da Lava Jato, teriam negado o pedido porque entenderam que Bendine n�o teria capacidade de influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil.

A for�a-tarefa afirma que "na v�spera" de assumir a presid�ncia da Petrobras, em 6 de fevereiro de 2015, Bendine e um de seus operadores financeiros novamente solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis. A den�ncia afirma que desta vez o pedido foi feito para que o grupo empresarial Odebrecht n�o fosse prejudicado em seus interesses na estatal petrol�fera, bem como para que pudesse ser beneficiado de alguma maneira, inclusive no que se refere �s consequ�ncias da Lava Jato.

A empreiteira, de acordo com a investiga��o, optou por pagar a propina de R$ 3 milh�es. O valor, afirma a for�a-tarefa, foi repassado em tr�s entregas em esp�cie, no valor de R$ 1 milh�o cada, em S�o Paulo, em apartamento alugado a Ant�nio Carlos Vieira da Silva. Esses pagamentos teriam sido realizados no ano de 2015, nas datas de 17 de junho, 24 de junho e 1� de julho, pelo Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht, com a atua��o do doleiro �lvaro Jos� Galliez Novis.

O Minist�rio P�blico Federal aponta que parte dos valores da propina ainda foi repassada para Aldemir Bendine, tamb�m de forma oculta e dissimulada, com o pagamento, pelo operador Andr� Gustavo Vieira da Silva, de viagem internacional que o ex-presidente da Petrobras realizou no final de 2015 e in�cio de 2016. Outra parte foi entregue durante os diversos encontros pessoais que os acusados tiveram em 2015.

Em contrapartida ao pagamento de propina pela Odebrecht, Bendine - j� exercendo a fun��o de presidente da Petrobras -, segundo a for�a-tarefa, chegou a solicitar ao departamento jur�dico da companhia parecer sobre a possibilidade de levantamento do bloqueio cautelar imposto pela estatal contra a Odebrecht �leo e G�s, assim como sobre a contrata��o direta ou a forma��o de Sociedade de Prop�sito Espec�fico com o Estaleiro Enseada Paragua�u, do qual a empreiteira � s�cia. Diante da resposta negativa e dos avan�os das investiga��es na opera��o Lava Jato, Bendine n�o deu continuidade a essas tratativas.

A den�ncia ainda descreve que, buscando dar apar�ncia l�cita para os recursos, Andr� Gustavo Vieira da Silva, Ant�nio Carlos Vieira da Silva e Aldemir Bendine, ap�s tomarem ci�ncia da exist�ncia de investiga��es contra si, resolveram dissimular os pagamentos de propina como se tivessem origem em servi�os de consultoria prestados � Odebrecht.

Para tanto, em mar�o e abril de 2017, ou seja, dois anos ap�s os fatos, efetuaram o recolhimento de tributos relacionados � falsa consultoria. Os documentos falsos foram inclusive apresentados nos autos da PET 6646 (autos n� 5022683-50.2017.4.04.7000), com o intuito de embara�ar as investiga��es.

(Julia Affonso e Ricardo Brandt)


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