Em tom de campanha, debaixo de chuva, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva discursou na tarde desta ter�a-feira, 3, no centro do Rio, pr�ximo �s sedes da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), num ato pela soberania nacional.
"N�o tenho pretens�o de me matar. Vou enfrentar. J� provei minha inoc�ncia. Quero que provem uma �nica culpa", disse Lula, complementando em seguida que seus opositores s�o respons�veis pela apressada morte de dona Marisa. "Querem evitar que eu volte. Mas estou tranquilo", disse.
O ex-presidente ainda fez refer�ncias a m�rtires hist�ricos que tiveram mortes prematuras pelas suas biografias pol�ticas: Get�lio Vargas, Juscelino Kubitschek e Tiradentes. Sobre JK, disse que morreu sendo acusado de ter um apartamento na zona sul carioca que n�o tinha. J� Tiradentes foi enforcado sem que conseguissem "acabar com os ideais libert�rios da popula��o", segundo o ex-presidente.
A um p�blico formado principalmente por sindicalistas da CUT e de empregados de empresas estatais, Lula falou por cerca de meia hora, vestindo o jaleco laranja usado por funcion�rios de plataformas da Petrobras. Disse que n�o � n�o � uma pessoa, mas uma ideia. E que vai voltar para a Presid�ncia outra vez. "Se preparem porque o povo trabalhador vai voltar a governar esse Pa�s", discursou.
Lula ainda comparou o governo de Michel Temer a gerentes das Casas Bahia. "Est�o vendendo tudo", ironizou.
O ato come�ou por volta das 11h e contou com a presen�a de empregados da Petrobras, Eletrobras, Caixa Econ�mica Federal, BNDES e Casa da Moeda, que tomaram a Avenida Rio Branco, uma das principais do centro da cidade. Quando Lula come�ou a falar, por volta das 16h, mais da metade j� tinha ido embora, por causa da chuva. Pouco depois das 17h os manifestantes se dispersaram sem que houvesse qualquer confronto com policiais.