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Estado de Minas

Raquel Dodge adota o sil�ncio diante dos ataques de Temer a Janot


postado em 05/10/2017 13:31

Bras�lia, 05 - A procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, decidiu n�o comprar a briga com o presidente Michel Temer na defesa de seu antecessor, Rodrigo Janot. Em meio aos ataques do presidente ao ex-procurador-geral da Rep�blica no Twitter e por meio da defesa entregue � Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), Raquel preferiu o sil�ncio.

Ela e Janot s�o antigos desafetos dentro do Minist�rio P�blico Federal. Mas os que conhecem Raquel dizem que o motivo para seu sil�ncio � outro: n�o � do seu feitio de entrar em uma guerra de notas pol�micas, ainda mais com rela��o a um caso judicial em andamento. Isso porque as cr�ticas de Temer a Janot foram feitas com base na den�ncia oferecida pelo ex-procurador-geral ao presidente - um caso que ainda pode ser conduzido pela atual PGR.

Para o vice-procurador-geral da Rep�blica, Luciano Maia, Raquel "na inst�ncia adequada, j� disse o que deveria ser dito". Ele faz refer�ncia � manifesta��o feita pela procuradora-geral ao Supremo Tribunal Federal h� 15 dias na qual ela menciona que � atribui��o do chefe da PGR oferecer den�ncia contra o presidente da Rep�blica. O texto foi entregue aos ministros para defender que a acusa��o feita por Janot contra Temer fosse encaminhada � C�mara.

"Ela diz nas inst�ncias pr�prias e em princ�pio a inst�ncia nesse caso � o Supremo Tribunal Federal", avalia Maia. Segundo ele, pronunciamentos em "outras dimens�es" podem ser encampados por outros atores, como a Associa��o Nacional dos Procuradores da Rep�blica (ANPR).

A defesa de Temer alega que a atua��o de Janot foi "imoral, indecente e ilegal". Na ter�a-feira, no Twitter, o presidente postou: "Precisamos lidar com mais uma den�ncia inepta e sem sentido, proposta por uma associa��o criminosa que quis parar o Pa�s". O enfrentamento �s manifesta��es foi feito pela associa��o que representa os procuradores.

O presidente da ANPR, Jos� Robalinho Cavalcanti, v� diferen�a entre a manifesta��o do presidente na rede social e a defesa do peemedebista � CCJ. Na defesa entregue � C�mara, diz Robalinho, � parte da t�tica dos advogados usar argumentos para desqualificar os investigadores. Antes de deixar o cargo, Janot disse que a tentativa de "desacreditar" os que promovem o combate � corrup��o � estrat�gia de defesa quando "n�o h� escusas" para fatos descobertos.

J� no Twitter, na vis�o do presidente da ANPR, o caso � mais s�rio. "N�o foi o advogado. Foi o pr�prio Temer usando o canal de Twitter dele, como presidente, fazendo uma declara��o vista como um ataque ao MPF inteiro, quando chamou de organiza��o criminosa. � muito diferente de uma declara��o do advogado dele, por mais dura que seja", disse Robalinho. Ele e Raquel n�o conversaram sobre a nota da ANPR.

O presidente da associa��o recebeu, na ter�a-feira, reclama��es de procuradores com rela��o ao tu�te de Temer. Os procuradores acharam que o presidente extrapolou. A leitura foi de que a postagem do presidente acusava o Minist�rio P�blico Federal inteiro. Em nota, a associa��o reagiu e classificou como "incab�vel e irrespons�vel� o uso de meios oficiais para ofender a institui��o. A ANPR tamb�m saiu em defesa de Janot.

Robalinho e Raquel Dodge n�o conversaram sobre a nota. A avalia��o na PGR � de que a procuradora-geral n�o tem se preocupado com essas pol�micas - e evita tocar no assunto, considerando que a atua��o criticada n�o diz respeito � sua gest�o. Se o presidente partir para o enfrentamento ao MPF de maneira clara, a� sim Raquel agiria. At� agora, no entanto, a c�pula da PGR considera que h� clima de normalidade na rela��o com o Planalto e com o Congresso.

(eatriz Bulla)


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