
Ap�s mais de 20 dias afastado, o senador A�cio Neves (PSDB-MG) retomou o mandato, nesta quarta-feira, com cr�ticas aos irm�os Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F, e a integrantes do Minist�rio P�blico.
No plen�rio da Casa, A�cio afirmou ser v�tima de uma arma��o "ardilosa" e "criminosa", preparada por "empres�rios inescrupulosos" e por "homens de Estado".
Sem citar nomes, A�cio acusou Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F, de enriquecerem "�s custas do dinheiro p�blico". Disse ainda que os empres�rios "n�o tiveram qualquer constrangimento em acusar pessoas de bem na busca de um benef�cio de um inaceit�vel acordo de dela��o".
"O que � mais grave, contribu�ram para essa trama homens de Estado, alguns tinham assento at� muito pouco tempo na PGR", completou.
A�cio afirmou que, aos poucos, considera que "parte da verdade est� vindo � tona" e que "novos depoimentos, grava��es que haviam sido omitidas, v�o dando contorno claro �s raz�es que levaram a essa constru��o criminosa". "Irei trabalhar a cada dia a cada instante, para provar a minha inoc�ncia."
O tucano disse tamb�m que foi alvo de "graves ataques" nos �ltimos dias por parte de alguns senadores, mas que retorna � Casa "sem rancor ou �dio".
O resultado da vota��o de ontem foi apertado, por 44 votos a 26 - A�cio precisava de pelo menos 41 votos para derrubar a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) e retomar o mandato.
A�cio chegou ao Senado por volta das 17 horas desta quarta. No in�cio da tarde, recebeu a notifica��o formal em sua casa sobre o resultado da vota��o do plen�rio que derrubou a decis�o do STF e, em seguida, ligou para o presidente da Casa, Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), para informar que iria ao Senado.
"Venho acompanhado da serenidade de homens de bem. Minha hist�ria � digna de dedica��o, ao longo de 40 anos, aos mineiros e ao Brasil. Estarei pronto para o debate franco e da minha parte sempre de forma respeitosa", finalizou.