No mesmo dia em que recebeu habeas corpus do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) determinando sua ida para o regime de pris�o domiciliar, o ex-presidente do Comit� Ol�mpico Brasileiro (COB) Carlos Arthur Nuzman virou r�u com o ex-governador S�rgio Cabral. A decis�o foi tomada nesta quinta-feira (19), pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, em processo resultante da Opera��o Unfair Play, que investiga o pagamento de propina pelo direito do Brasil sediar os Jogos Ol�mpicos de 2016.
Al�m dos dois, tamb�m s�o r�us na a��o o empres�rio Arthur C�sar de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur, atualmente foragido; o ex-diretor de Opera��es do Comit� Rio 2016, Leonardo Gryner; e os senegaleses Papa Diack e Lamine Diack, que teriam recebido a propina para garantir votos africanos � candidatura do Brasil.
Nuzman � acusado por corrup��o passiva, organiza��o criminosa, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas. Cabral � acusado por corrup��o passiva. Gryner, por corrup��o passiva e organiza��o criminosa. Arthur, por corrup��o ativa. E Papa e Lamine Diack, por corrup��o passiva.
“No per�odo compreendido entre agosto e setembro de 2009, S�rgio Cabral, Carlos Nuzman e Leonardo Gryner, de forma livre e consciente, solicitaram e aceitaram promessa de vantagem indevida de Arthur Soares, consistente no pagamento a Lamine Diack, por interm�dio do seu filho, Papa Diack, no valor de, ao menos, US$ 2.000.000,00 (dois milh�es de d�lares), com o intuito de garantir votos para o Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Ol�mpicos de 2016”, escreveu Bretas.
Em contrapartida pela ajuda milion�ria, segundo o magistrado, “Arthur Soares foi beneficiado com a contrata��o da empresa LSH Empreendimentos pelo Comit� Organizador dos Jogos Rio 2016, al�m da abertura de uma imensa janela de oportunidades para exponenciar os seus contratos com o estado e com o munic�pio do Rio de Janeiro e com o pr�prio Comit� Organizador”.
Bretas lembrou que, de acordo com a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal (MPF), Nuzman registrou um forte aumento de patrim�nio nos anos recentes, tendo adquirido, em 2014, 16 quilos de ouro, no valor aproximado de R$ 1,5 milh�o, que eram guardados em um cofre na Su��a, e que s� foram declarados � Receita Federal ap�s opera��o de busca e apreens�o em sua casa ter encontrado a chave do cofre, dia 5 de setembro.