Bras�lia - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avalia exonerar dois secret�rios estaduais que s�o deputados para que retomem os mandatos e votem pela rejei��o da segunda den�ncia contra o presidente Michel Temer na quarta-feira, 25, no plen�rio da C�mara. Segundo tucanos ouvidos pelo Estad�o/Broadcast Pol�tico, o movimento seria um aceno ao Pal�cio do Planalto, com vistas �s elei��es de 2018, quando Alckmin quer se candidatar a presidente da Rep�blica.
Os votos de Moreira e Pesaro a favor de Temer j� constam, inclusive, em levantamentos feitos por l�deres governistas na C�mara aos quais o Estad�o/Broadcast Pol�tico teve acesso. Os dois chegaram a pedir exonera��o dos cargos de secret�rios na semana passada para garantir a apresenta��o de emendas individuais ao Or�amento de 2019, mas foram nomeados para os cargos novamente no s�bado, 21.
Pelos c�lculos dos governistas, caso a exonera��o de Moreira e Pesaro se confirme, Temer teria 3 votos a seu favor e 9 contra na bancada do PSDB de S�o Paulo. Na primeira den�ncia, a bancada deu 11 votos contra e apenas 1 a favor: o da deputada Bruna Furlan, que deve se manter, de acordo com l�deres governistas. No total, a bancada do PSDB deu 22 votos a favor e 21 contra Temer. Deputados tucanos relatam que Alckmin chegou a tentar combinar votos pr�-Temer na bancada paulista do PSDB. A inten��o inicial seria "virar" cinco votos dos tucanos e, com isso, demonstrar reaproxima��o com o Pal�cio do Planalto. O governador quer manter uma boa rela��o como o PMDB, com vistas �s elei��es de 2018, quando deve disputar a Presid�ncia da Rep�blica.
As conversas foram conduzidas pelo deputado Silvio Torres (PSDB-SP), principal interlocutor de Alckmin na Casa. Mas a dificuldade em conseguir deputados do PSDB dispostos a mudar o voto fez com que os "alckmistas" recuassem da estrat�gia. Isso porque Torres seria o �nico voto garantido a favor de Temer. A avalia��o � de que isso poderia passar uma imagem negativa para o governador, de que ele n�o teria capacidade pol�tica de negociar.
Procurado, o governo do Estado nem confirmou nem negou a informa��o. Em breve nota, afirmou que o assunto n�o est� em discuss�o.