Bras�lia, 25 - Diante da possibilidade de adiamento da vota��o da den�ncia contra o presidente Michel Temer por falta de qu�rum, ministros atuaram ao longo desta quarta-feira, 25, para garantir que integrantes de seus partidos pelo menos marcassem presen�a no plen�rio.
Os ministros desistiram de tentar reverter votos e passaram a negociar apenas a participa��o dos dissidentes na sess�o. A expectativa dos governistas, por conta disso, � que o placar fique semelhante � vota��o da primeira den�ncia.
Embora tenha chegado cedo � C�mara, por volta das 8 horas da manh�, o l�der do PSDB, deputado Ricardo Tripoli (SP), n�o registrou presen�a na primeira sess�o do dia, que durou seis horas. Tripoli integra uma ala do partido que � a favor do desembarque do governo.
Pela manh�, Tripoli esteve reunido com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy. Imbassahy argumentou que o adiamento da den�ncia n�o seria bom para o PSDB devido ao desgaste. "O importante � isso acabar logo, n�o d� para continuar nesse ambiente", disse � imprensa.
Apesar disso, o ministro tucano enfrenta dificuldades com o partido e n�o conseguiu reverter votos. O PSDB tamb�m possui outros quatro ministros - entre eles Bruno Ara�jo (Cidades), que tamb�m se licenciou para votar na C�mara. Pela avalia��o de Imbassahy, o PSDB deve entregar menos votos do que na primeira den�ncia.
No DEM, a situa��o era semelhante e parte da bancada resistia em marcar presen�a na vota��o. O ministro Mendon�a Filho (Educa��o), exonerado para participar da vota��o, admitiu que atuou com o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o l�der da legenda na Casa, Efraim Filho (PB), para pedir aos deputados que pelo menos marcassem presen�a.
J� o ministro Raul Jungmann (Defesa) n�o votar� nesta quarta-feira e n�o veio � C�mara, mas aliados contaram que ele tamb�m interveio para garantir a presen�a da bancada do seu partido, o PPS, que estava em obstru��o. A bancada teve uma reuni�o por volta das 14 horas e decidiu mudar a estrat�gia na segunda sess�o. Mesmo com a atua��o de Jungmann, o Planalto sabia que a sigla n�o garantiria novos votos, mas quis garantir o qu�rum.
Dos 11 ministros de Temer que est�o licenciados do mandato de deputado federal, nove se licenciaram e est�o inscritos para participar da vota��o.
(Julia Lindner e Isadora Peron)