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Estado de Minas

Tasso admite que pode disputar elei��o para presid�ncia do PSDB


postado em 26/10/2017 19:01

Bras�lia, 26 - Motivado pelo resultado da vota��o da segunda den�ncia contra o presidente Michel Temer, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), admitiu pela primeira vez que pode disputar a elei��o para a presid�ncia da sigla, em dezembro. Segundo o tucano, ele est� consultando correligion�rios e familiares sobre o assunto antes de oficializar a candidatura.

"Depois de ontem, o presente est� definido, vamos passar o ano que vem com um governo enfraquecido, com uma boa equipe econ�mica, mas atravessando a pinguela aos trancos e barrancos. O problema agora � pensar no futuro, e futuro n�o � s� 2018, e sim o que vamos ser e o que queremos para o Pa�s", declarou.

Para Tasso, h� dois projetos antag�nicos no partido. Ontem, o PSDB deu 23 votos pela abertura do processo contra Temer e 20 pelo arquivamento. Embora o peemedebista tenha reunido maioria na C�mara para barrar a den�ncia, o resultado foi visto como uma vit�ria de Tasso dentro do partido sobre o grupo do senador A�cio Neves (MG), que defende a perman�ncia da legenda na base aliada.

Na primeira den�ncia, o resultado foi de 22 senadores contr�rios � den�ncia e 21 a favor do prosseguimento. "Algumas faltas na primeira vota��o fizeram com que fosse alardeado um falso resultado. O resultado de ontem foi uma demonstra��o clara do que a maioria quer", avaliou o senador cearense.

Com um discurso forte, Tasso refor�ou hoje que o partido deve realizar uma autocr�tica e romper com o governo do presidente Temer, mas manter o apoio � equipe econ�mica. "Renovar o partido sempre foi o meu sonho, desde o (�ltimo) programa partid�rio at� as propostas que fizemos. Houve uma rea��o muito grande no partido e agora vamos ter uma decis�o final (na elei��o)", disse.

Em agosto deste ano, Tasso foi bastante criticado internamente por veicular um v�deo que chamava o atual governo de "presidencialismo de coopta��o". Em outra pe�a, veiculada uma semana antes, a sigla tamb�m admitiu ter cometido "erros".

Tasso considera que, do ponto de vista num�rico, o racha dentro do partido � "menor do que parece". "Do ponto de vista de poder � diferente. Porque um dos grupos (com vis�es diferentes dentro do PSDB) � apoiado pelo governo e a�, neste caso, pesam outros fatores", ponderou.

O tucano refor�ou que o partido deve apoiar a equipe econ�mica independentemente do governo, mas n�o considera que ser� vi�vel aprovar a reforma da Previd�ncia este ano. "Se o projeto vier (da C�mara) bem feito, n�s apoiaremos, mas matematicamente n�o vejo como seria poss�vel." Por se tratar de uma Proposta de Emenda Constitucional, o texto precisa passar por dois turnos de vota��o na C�mara antes de seguir para o Senado.

Desde que assumiu a presid�ncia interina do PSDB, Tasso vinha negando que fosse disputar a presid�ncia. H� menos de uma semana ele chegou a dizer, quando questionado pela imprensa, que nunca teve objetivo de dirigir o partido. "Com certeza n�o faz parte dos grandes objetivos da vida ser presidente de nada. Estou muito bem como senador. Ser presidente da Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) j� � muita coisa", recha�ou. Nos bastidores, por�m, o grupo conhecido como "cabe�as-pretas" sempre defendeu a candidatura do cearense como forma de renovar o partido.

As recentes investidas de Tasso contra A�cio tamb�m foram vistas por parlamentares mineiros como um sinal de que o senador cearense tinha interesse em disputar a Presid�ncia da legenda. Desde que foi enquadrado pelo tucano, A�cio tem sido convencido por aliados a resistir no posto. A avalia��o � de que a presen�a de A�cio impede que Tasso tenha plenos poderes na dire��o do partido.

Os tucanos pr�ximos ao senador mineiro argumentam que, com A�cio na Executiva Nacional, Tasso teria dificuldade de usar a m�quina partid�ria a favor de sua pr�pria elei��o. Seria uma forma de manter a disputa entre Tasso e Marconi Perillo, governador de Goi�s, mais "equilibrada". Perillo j� � oficialmente candidato � presid�ncia da sigla, justamente com apoio de A�cio Neves.

"Marconi � um candidato importante, uma lideran�a importante, fez um trabalho conhecido. Ele representa uma corrente, um desses projetos dentro do PSDB e tem toda legitimidade para se candidatar", comentou Tasso sobre Perillo.

(Julia Lindner e Renan Truffi)


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