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Estado de Minas

Funaro e Cunha ficam frente a frente em audi�ncia em Bras�lia


postado em 26/10/2017 20:49

Bras�lia, 26 - O corretor L�cio Funaro e o ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) ficaram frente a frente na tarde desta quinta-feira, 26. � o primeiro encontro dos dois desde que a dela��o de Funaro, que implica diretamente o peemedebista, veio a p�blico. Os dois, que est�o presos, participaram de audi�ncia na 10.� Vara da Justi�a Federal em Bras�lia.

Delator e delatado s�o r�us na Opera��o S�psis, que investiga desvios em contratos do FI-FGTS, administrado pela Caixa. A previs�o no calend�rio da Justi�a Federal � que Funaro e Cunha prestem depoimentos nesta sexta-feira, 27.

Nesta quinta, o juiz Vallisney de Oliveira interrogou o tamb�m delator F�bio Cleto, ex-vice presidente de Fundos e Loteria da Caixa. Em dela��o premiada, Cleto afirmou que Cunha e Funaro intermediavam o repasse de propina para garantir a empresas a libera��o de contratos com a Caixa. No depoimento desta quinta-feira, Cleto corroborou as informa��es prestadas em dela��o.

Ele foi ouvido por meio de videoconfer�ncia. No depoimento, falou que sua indica��o para a Caixa foi patrocinada por Cunha. Segundo ele, L�cio Funaro disse que entregaria o curr�culo do administrador a Cunha, quem, por sua vez, iria repassar o nome ao ent�o l�der do PMDB na C�mara, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves. Todos s�o r�us na a��o que tramita na 10� Vara de Bras�lia, assim como Alexandre Margotto.

Cleto afirmou que mantinha Funaro e Cunha informados sobre as empresas que tentavam opera��es com o FI-FGTS. Os dois a partir da� procuravam as empresas para negociar pagamento de propina e davam sinal a Cleto sobre como ele deveria votar naquela opera��o. "Aprovada, algum tempo depois eles me comunicavam o porcentual que supostamente tinham conseguido e me pagavam um porcentual disso, pr�-aprovado", afirmou Cleto.

Segundo ele, 80% da propina arrecadada era destinada a Cunha e 20% para Funaro. Dos 20% do corretor, uma parte (20%) era destinada a Cleto e outra (20%) para Alexandre Margotto - ex-s�cio de Cleto, quem o apresentou ao operador.

Ele disse nunca ter questionado o alto valor destinado a Cunha. "Nunca foi citado nominalmente para quem seria ou qual seria metodologia de distribui��o, mas era claro que n�o era esse 80% para a conta dele s�. N�o me pareceu (Eduardo Cunha) uma pessoa ambiciosa de querer ter grandes fortunas. Acredito que tinha uma fun��o institucional de arrecada��o", afirmou Cleto, ao ser questionado se tinha ci�ncia de distribui��o da propina arrecadada por Cunha dentro do PMDB.

"Meu objetivo era passar quatro anos na Caixa, valorizar meu curr�culo e voltar para o mercado privado, que era onde eu sempre ganhei bastante dinheiro, ganhava b�nus bem agressivos. Eu sabia que o lugar para ganhar dinheiro com consci�ncia limpa era o mercado privado", afirmou Cleto. Ele recebeu valores em conta no exterior.

Ele disse ao juiz que fazia reuni�es com Cunha todas as ter�as-feiras �s 7h30 da manh�, no apartamento funcional do ent�o deputado ou na resid�ncia oficial, quando o peemedebista assumiu a presid�ncia da C�mara.

O interrogat�rio de Cleto deve continuar na manh� desta sexta-feira, 27. Al�m dele, h� previs�o de ouvir Cunha, Funaro, Henrique Eduardo Alves e Margotto.

(Beatriz Bulla)


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