S�o Paulo, 02 - A procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, pediu para que o ministro das Rela��es Exteriores, Aloysio Nunes, seja ouvido novamente no �mbito de inqu�rito que o investiga por suposto repasse de R$ 500 mil da Odebrecht. Em peti��o ao ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, a chefe do Minist�rio P�blico Federal solicita que o tucano seja reinquirido para esclarecer sobre quem o apresentou ao delator Carlos Armando Paschoal.
Ex-diretor da empreiteira em S�o Paulo, Paschoal � um dos 77 executivos que admitiram repasse de supostas vantagens indevidas a pol�ticos em acordo com a Procuradoria-Geral da Rep�blica.
Em peti��o, afirmou ser "incontroverso" o repasse de R$ 500 mil da Odebrecht para o ministro das Rela��es Exteriores, Aloysio Nunes.
A procuradora-geral ainda pede ao ministro Gilmar Mendes "a reinquiri��o do Senador Aloysio Nunes acerca do nome da pessoa que apresentou ao colaborador Carlos Armando Paschoal na reuni�o em seu comit� eleitoral - quando solicitou recursos para sua campanha".
Defesa
Em nota, a assessoria de imprensa do ministro Aloysio Nunes Ferreira afirmou: "A procuradora-geral da Rep�blica Rachel Dodge erra gravemente quando afirma ser "incontroverso" o recebimento de contribui��o n�o declarada da Odebrecht pelo ministro das Rela��es Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, � sua campanha ao Senado, em 2010. Na verdade, os delatores n�o foram capazes de esclarecer quem pagou, nem onde, nem muito menos quem recebeu os recursos.
Ainda conforme relatos dos delatores, a empreiteira nunca condicionou a resolu��o de problemas envolvendo obras ao pagamento de vantagem indevida ou mesmo a realiza��o de doa��o eleitoral. Raz�o pela qual a procuradora-geral julga ser procedente o desmembramento do inqu�rito que apura irregularidades em contratos do Rodoanel, de S�o Paulo, por "n�o haver ind�cios de situa��o que justifique a conex�o".
Por isso, n�o h� que se falar em crime de corrup��o, como ser� comprovado ao final da investiga��o, que � bem-vinda tamb�m para afastar qualquer d�vida quanto � corre��o da presta��o de contas da campanha que, ali�s, j� foram aprovadas pela Justi�a Eleitoral."
(Luiz Vassallo)