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Estado de Minas

PF indicia na Lava Jato filha do delator Pedro Corr�a


postado em 03/11/2017 09:31

S�o Paulo, 03 - A Pol�cia Federal indiciou a ex-deputada Aline Corr�a (PP-SP) por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro na Opera��o Lava Jato. A ex-parlamentar � filha do tamb�m ex-deputado Pedro Corr�a, delator do esquema de propinas instalado na Petrobras.

O inqu�rito contra Aline havia sido instaurado a partir da dela��o do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O relat�rio de indiciamento foi entregue pela PF na segunda-feira, 30, e cita ainda o doleiro Alberto Youssef e a empreiteira UTC, controlada pelo executivo Ricardo Pessoa. Todos s�o delatores.

"Entendo que h� ind�cios de autoria e materialidade quanto � pr�tica, por Aline Corr�a, do crime de lavagem de dinheiro e corrup��o, uma vez que aderiu � conduta criminosa de Pedro Corr�a, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, e tendo provido os meios materiais para a oculta��o/dissimula��o de recursos, recebendo recursos em esp�cie por determina��o de seu pai, e tendo atuado para recebimento de recursos inclusive em benef�cio de sua campanha eleitoral de 2010 (no caso das doa��es realizadas por UTC e Constran)", afirmou a delegada Renata da Silva Rodrigues, da PF

Paulo Roberto Costa relatou que Aline 'deveria ter algum tipo de beneficio oriundo dos recebimentos do partido a partir da cota devida pelos contratos firmados no �mbito da Diretoria de Abastecimento da Petrobras'. Paulo Roberto Costa declarou que a ex-deputada 'nunca' havia pedido pessoalmente valores a ele, mas que lembrava de Aline 'porque participava de algumas das reuni�es com o grupo principal de dirigentes do PP, em raz�o de ser filha de Pedro Corr�a'.

A PF elencou no relat�rio os acessos de Aline a endere�os comerciais do doleiro. Aline esteve, segundo os investigadores, em um escrit�rio na Avenida S�o Gabriel, em S�o Paulo, por 15 vezes, de agosto de 2010 a setembro de 2012, e por 6 vezes, de agosto de 2013 a janeiro de 2014 no endere�o da Rua Renato Paes de Barros.

Alberto Youssef declarou que Aline Corr�a 'recebia um repasse mensal dos l�deres do PP no montante de R$ 30 mil, oriundos dos recursos do caixa do Partido Progressista na Petrobras'. O doleiro relatou que a ex-deputada 'ia toda segunda ou sexta-feira' a seus escrit�rios 'para reclamar que seu pai e demais dirigentes do PP n�o estavam fazendo os devidos repasses' e pedia que ele realizasse os repasses diretamente a ela.

Ouvida como colaboradora da Justi�a, Aline Corr�a afirmou que esteve no escrit�rio do doleiro 'para pegar dinheiro a pedido de seu pai'. "Esclarece, no entanto, que n�o sabe indicar os valores que recebeu diretamente de Alberto Youssef, mas sabia informar que era sempre dinheiro em esp�cie, acondicionado numa sacola de papel: que seu pai alegava que era um cr�dito que ele possu�a junto a Alberto Youssef", disse.

De acordo com o depoimento, Aline narrou que seu 'papel' limitava-se a receber o dinheiro, 'sempre das m�os de Youssef, e guardar em seu flat at� que seu pai passasse e o pegasse l�'.

O relat�rio da PF afirma que 'muito embora Aline, colaboradora da Justi�a, alegue que ia at� o escrit�rio de Youssef para retirar recursos que, na verdade, pertenciam a seu pai, fato � que a pr�pria declarante confirma ter conhecimento de que a origem dos recursos era o esquema criminoso comandado pelo PP na Diretoria de Abastecimento da Petrobras', narra a delegada Renata Rodrigues, da PF.

A defesa de Aline Corr�a foi procurada pela reportagem, mas ainda n�o se manifestou.

(Julia Affonso)


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