S�o Paulo - A Justi�a Eleitoral determinou o sequestro dos bens m�veis e im�veis dos ex-governador do Rio Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, ambos do PR. O confisco alcan�a ainda outros seis investigados e das empresas Macro Engenharia e Ribeiro Azevedo Constru��es LTDA.
A Promotoria de Justi�a Eleitoral havia requerido � Justi�a o bloqueio de R$ 6 milh�es. O valor � equivalente ao preju�zo calculado pelo Minist�rio P�blico do Rio.
"Sornando-se �s doa��es oficiais prestadas por empresas que tinham contrato com o Munic�pio de Campos, que certamente foram feitas em raz�o das chantagens exercidas pela organiza��o criminosa, estima-se um preju�zo m�nimo de R$ 6 milh�es", afirmou a Promotoria.
Garotinho e Rosinha foram presos pela Pol�cia Federal nesta quarta-feira, 22. A PF informou que foram cumpridos os 10 mandados de busca e apreens�o e 5 mandados de pris�o no Rio, Em campos dos Goytacazes (RJ) e em S�o Paulo.
Os presos no munic�pio de Campos dos Goytacazes foram encaminhados aos pres�dios Carlos Tinoco da Fonseca (masculino) e Nilza da Silva Santos (feminino). Os presos no Rio de Janeiro ser�o encaminhados ao pres�dio Jos� Frederico Marques em Benfica.
O juiz eleitoral da 98ª Zona Eleitoral, Glaucenir Silva de Oliveira, tamb�m determinou o bloqueio de dinheiro existente em nome dos investigados e das duas empresas.
O magistrado ordenou o imediato afastamento de Garotinho e Ant�nio Carlos Rodrigues dos cargos de presidente estadual (RJ) e nacional do PR, respectivamente.
Al�m do pedido de pris�o, Garotinho, Rosinha e outros seis investigados foram denunciados por associa��o em organiza��o criminosa, destinada � arrecada��o n�o declarada, e por meio de extors�o, de vultosas doa��es para campanhas eleitorais junto a empres�rios da cidade.
Os acusados s�o Ant�nio Carlos Rodrigues (presidente do Partido da Rep�blica/PR, legenda de Rosinha e Garotinho), Fabiano Alonso (genro de Ant�nio Carlos, e suposto mentor do esquema de fraude para dissimular as doa��es de campanha por meio da empresa Ocean Link), Ney Flores (s�cio da empresa Macro Engenharia, com quem a Prefeitura de Campos possu�a diversos contratos, e um dos principais arrecadadores do esquema), Antonio Carlos "Toninho" (s�cio da Ribeiro Azevedo Constru��es LTDA e considerado o "bra�o armado" da organiza��o, era quem fazia a cobran�a de valores), Suledil Bernardino (ex-secret�rio nas pastas de Controle, de Governo e de Fazenda em Campos) e Thiago Godoy (subsecret�rio de Governo de Garotinho, nos anos de 2015 e 2016, al�m de coordenador financeiro das campanhas de 2014 e 2016).
Os fatos ocorreram, segundo a Promotoria Eleitoral, entre 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2016, per�odo em que Rosinha esteve � frente da Prefeitura de Campos, no Norte Fluminense.
Na den�ncia, a promotoria eleitoral afirma que Anthony Garotinho exercia o cargo de comando da organiza��o. Seria de sua responsabilidade determinar as fun��es de cada integrante do grupo, desde quem faria a abordagem dos empres�rios-colaboradores, passando por quem recolheria os valores e qual destino deveria ser dado aos recursos arrecadados. Segundo o documento, Garotinho tinha o poder de subjugar as empresas abordadas e seus s�cios, de modo que a n�o contribui��o para campanhas eleitorais poderia acarretar preju�zos a leg�timos direitos das empresas, em especial em rela��o ao recebimento de valores devidos pelo munic�pio. A den�ncia lista os nomes de outros seis envolvidos no esquema, que tamb�m tiveram suas pris�es preventivas decretadas na decis�o proferida no dia 17 de novembro.
Defesa
Em nota, a assessoria do pol�tico diz que "querem calar o Garotinho mais uma vez" e que o ex-governador atribui a opera��o "a mais um cap�tulo da persegui��o que vem sofrendo" por ter denunciado um esquema envolvendo o ex-governador S�rgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e irregularidades supostamente praticadas pelo desembargador Luiz Zveiter.
Garotinho se diz inocente, assim como os demais acusados na opera��o desta quarta-feira, e ainda diz que � amea�ado pelo presidente afastado da Alerj, Jorge Picciani, que nesta ter�a-feira, 21, voltou � cadeia.