Marina Silva diz que decidir� antes do carnaval se ser� candidata a presidente

S�o Paulo, 27 - A ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade-AC) afirmou nesta segunda-feira, 27, em S�o Paulo, que decidir� antes do carnaval se ser� candidata a presidente. Marina afirmou que, no momento, fecha um "ciclo de reflex�es" para tomar a decis�o. Ela participou do evento Amarelas ao Vivo, promovido pela revista Veja.

Marina disse que pol�tica � um servi�o e que quer estar onde possa servir o Pa�s, "sem polariza��o PT-PSDB-PMDB". A ex-senadora da Rede Sustentabilidade do Acre disse ainda que � muito cedo para fechar o "funil" entre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na disputa presidencial. Marina declarou que, em vez de dizer quem apoia entre os dois l�deres das pesquisas, defende o fim da polariza��o.

Ao comentar as acusa��es contra o presidente nacional licenciado do PSDB, senador A�cio Neves (MG), Marina sustentou que, se as investiga��es tivessem avan�ado antes, n�o o teria apoiado para a presidente da Rep�blica, no segundo turno das elei��es de 2014. "Eu e a Rede pedimos a cassa��o do mandato do senador", prosseguiu.

De acordo com a ex-senadora, ela n�o deu apoio a A�cio, mas � chamada "Carta de Pernambuco". Na ocasi�o, ele divulgou uma carta com inspira��o nas condi��es da ex-senadora da Rede para que o apoiasse no segundo turno da elei��o presidencial de 2014. O texto prometia a ado��o de uma pol�tica ambiental sustent�vel e ensino integral.

Avi�o

A ex-senadora falou tamb�m sobre as den�ncias a respeito da propriedade do avi�o que transportava o ent�o candidato a presidente Eduardo Campos, que caiu em Santos, no litoral de S�o Paulo, e que causou a morte dos ocupantes, entre eles, o ex-governador de Pernambuco. O arrendamento do aparelho Cessna Citation PR-AFA � investigado pela Opera��o Turbul�ncia. "A Rede n�o est� acima do bem e do mal", acentuou, sem entrar em detalhes.

Marina acrescentou que n�o tem nenhum processo contra ela porque suas "gest�es foram republicanas". A ex-senadora e ex-ministra admitiu ainda que seu maior erro na pol�tica foi ter apoiado a reelei��o. "Ali, tinha dinheiro de caixa 2", alegou. "Temos pessoas honestas em todos os partidos. Foram os partidos que se perderam", afirmou. De acordo com Marina, Justi�a n�o � vingan�a e, sim, um "ato de repara��o".

(Eduardo Laguna, Francisco Carlos de Assis, Adriana Ferraz e Daniel Galv�o)