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Estado de Minas

Maiores amea�as � Lava Jato s�o do Congresso, afirma Deltan Dallagnol


postado em 28/11/2017 13:13

Rio, 28 - O procurador do Minist�rio P�blico Federal (MPF) Deltan Dallagnol, da for�a-tarefa da Lava Jato de Curitiba, disse que partem do Congresso Nacional as maiores amea�as ao trabalho do grupo. O procurador acrescentou que "n�o ser� este Congresso que aprovar� as medidas contra corrup��o". As cr�ticas foram feitas durante um congresso de auditores internos, no Riocentro, na zona oeste do Rio.

"Evitar ataques � Lava Jato e avan�ar reformas depende essencialmente do Congresso Nacional e n�s j� percebemos, quando o Congresso h� um ano destruiu as dez medidas contra a corrup��o e as substituiu por uma medida a favor da corrup��o, que esse Congresso n�o tem o perfil para aprovar medidas anticorrup��o. Pesquisadores j� mostraram que pa�ses altamente corruptos tendem a n�o aprovar medidas anticorrup��o porque grande parte de seus parlamentares est� envolvida com esse problema e n�o cortaria os benef�cios dos quais desfruta", disse o procurador ap�s o evento, respondendo a jornalistas.

Dallagnol disse tamb�m que apenas a colabora��o da Odebrecht implicou 415 pol�ticos e 26 partidos e que, em raz�o disso, e de um senso natural de autopreserva��o, "a tend�ncia � que se reaja contra as investiga��es". O procurador citou o que aconteceu na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que, segundo ele, "libertou pol�ticos contra os quais pesam fortes evidencias de corrup��o".

"O que aconteceu no Rio de Janeiro tende a ser uma amostra do que pode vir acontecer no Pa�s, no Congresso Nacional, se n�s n�o trocarmos os nosso representantes. "Se a maioria desse Congresso n�o aprovar� medidas anticorrup��o, a alternativa � colocar pessoas que aprovem. Nisso, 2018 representa um marco. O que temos visto � um grande n�mero de parlamentares que trabalham num sentido oposto ao aprimoramento das institui��es, ao fortalecimento da transpar�ncia e � melhoria das regras de licita��o", declarou.

O procurador defendeu que a discuss�o sobre como fazer campanhas mais baratas deveria preceder qualquer discuss�o entre os pol�ticos. "Sem campanhas midi�ticas e hollywoodianas, sem filmes que acabam convencendo pessoas de que qualquer cidad�o, mesmo com evid�ncias de corrup��o, s�o pessoas que deveriam ser eleitas."

"A Lava Jato n�o vai ser julgada porque ela prendeu ou condenou. Vai ser julgada pela sua capacidade de catalisar mudan�as que diminuam de fato os �ndices de corrup��o no Pa�s", avaliou. "No Rio, a corrup��o se tornou palp�vel em termos de sofrimento humano. Quando n�s lutamos contra a corrup��o, nosso objetivo n�o � botar pessoas na cadeia, embora seja uma quest�o de justi�a, nosso objetivo � lutar pela preserva��o dos direitos humanos e fazer com que os servi�os p�blicos sejam mais amplos", acrescentou.

O procurador tamb�m citou a Petrobras ao lembrar, na palestra, que um dos delatores teria dito que a empresa "era a mo�a mais honesta dos cabar�s do Brasil". "A Petrobras � apenas uma amostra do que acontece no Brasil, assim como o Rio de Janeiro � apenas uma amostra do que acontece no Brasil. No Rio, a corrup��o foi muito vis�vel pelo rombo que ela causou", afirmou.

Dallagnol disparou cr�ticas tamb�m ao Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que respeita os entendimentos dos ministros, ainda que eventualmente divergentes, "mas o que n�o pode acontecer � que existam decis�es desiguais para casos id�nticos". "Os entendimentos n�o podem variar conforme o nome que consta na capa do processo. N�s vimos acontecer algo nesse sentido quando houve a liberta��o de Jos� Dirceu, na �poca n�o tive resigna��o em rela��o ao entendimento dos ministros, mas em rela��o ao fato de que em situa��es similares ou menos graves tr�s dos ministros tinham mantido a pris�o", afirmou.

(Constan�a Rezende)


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