Ap�s expuls�o do PMDB, senadora K�tia Abreu chama Juc� de 'canalha' e 'cr�pula'

Bras�lia, 29 - Em seu primeiro pronunciamento no Senado ap�s ser expulsa do PMDB, nesta quarta-feira, 29, a senadora K�tia Abreu (TO), chamou o presidente do partido, senador Romero Juc� (RR), de "canalha, cr�pula e ladr�o de vidas e almas brasileiras". Durante a fala, que durou cerca de 10 minutos, K�tia afirmou que a c�pula do PMDB "n�o re�ne condi��es morais e virou o esc�rnio da na��o".

"Por que me expulsaram? Porque tenho princ�pios? Porque tenho coer�ncia? Porque n�o sou oportunista? Porque n�o fa�o parte de quadrilha? Porque n�o fa�o parte de conluio? Porque n�o estou presa? Porque n�o uso tornozeleira? Porque n�o tenho apartamento cheio de dinheiro? Ou porque n�o apareceu nenhuma mala cheia de dinheiro da senadora K�tia Abreu?", questionou.

Ap�s o pronunciamento, o senador Paulo Paim (PT-RS) tentou fazer um manifesto de solidariedade � senadora, mas foi impedido de utilizar o microfone por Jo�o Alberto Souza (PMDB-MA), que presidia a sess�o no momento.

"Se fosse outra figura, teria havido muito mais condescend�ncia nesta hora. Quantas horas ganhou aqui A�cio Neves para fazer uma defesa p�fia a troco de nada? Quantos outros ganharam aqui um tempo exorbitante para fazer a sua defesa e receber a defesa dos colegas? E hoje eu estou impedida. Logo o senhor que � o Presidente da Comiss�o de �tica do PMDB?", reclamou a senadora.

Ela pediu, ent�o, que Jo�o Alberto deixasse seus colegas "desabafarem", mas ele negou mais uma vez. "Eu tenho certeza, senador, de que se fosse aqui Romero Juc�, esse canalha, esse cr�pula do Brasil, esse ladr�o de vidas e almas alheias, o senhor teria sido mais condescendente com ele."

Na semana passada, o Conselho de �tica do PMDB decidiu expulsar K�tia por sua postura cr�tica ao governo de Michel Temer e por ter atuado de forma contr�ria �s orienta��es do Pal�cio do Planalto sobre propostas como a reforma trabalhista.

(Julia Lindner e Thiago Faria)