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Estado de Minas

Moro nega pedido de defesa de Lula para ouvir operador de propinas foragido


postado em 29/11/2017 18:31

S�o Paulo, 29 - O juiz federal S�rgio Moro negou novo pedido da defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para que o operador de propinas Rodrigo Tacla Duran, que tem dupla cidadania e est� foragido da Opera��o Lava Jato, seja ouvido como testemunha de defesa do petista no processo em que ele � acusado de receber mais de R$ 12 milh�es de propinas da Odebrecht, em um terreno para o Instituto Lula em S�o Paulo e um apartamento, que mora, em S�o Bernardo do Campo.

"A palavra de pessoa envolvida, em cogni��o sum�ria, em graves crimes e desacompanhada de quaisquer provas de corrobora��o n�o � digna de cr�dito, como tem reiteradamente decidido este Ju�zo e as demais Cortes de Justi�a, ainda que possa receber moment�neo cr�dito por mat�rias jornal�sticas descuidadas e invocadas pela Defesa", afirmou Moro, em despacho anexado nos autos nesta quarta-feira, 29.

Tacla Duran tem mandado de pris�o expedido por Moro, mas com cidadania espanhola, est� foragido. O juiz pediu coopera��o com a Espanha para intimar o alvo. Ele era um dos operadores de contas secretas do setores de propinas da Odebrecht, respons�vel por abrir e movimentar valores em contas na Su��a e outros para�sos fiscais.

O juiz j� havia negado pedido da defesa de Lula em agosto. "N�o cabe ouvir testemunha residente no exterior na fase final do processo, seja em substitui��o � testemunha residente no Brasil, como pretendido na a��o penal, seja em fase de dilig�ncias complementares ou em incidente de falsidade, j� que a oitiva de testemunha no exterior � dilig�ncia sempre custosa e demorada. Para ouvir testemunha residente no exterior, exige a lei que a parte requerente demonstre a imprescindibilidade."

Tacla Duran � acusado de ser operador de propinas para empresas e pol�ticos.

Segundo o magistrado, embora Duran tenha atuado para a Odebrecht, n�o h� provas que indiquem especificamente que ele tenha atuado no suposto pagamento por fora de parte do pre�o do im�vel na Rua Doutor Haberbeck Brand�o, 178, em S�o Paulo, para o Instituto Lula, que envolveu dinheiro il�cito da empresa. "Se existem esses elementos, a Defesa falhou em demonstr�-los, nada alegando a esse respeito."

"Como se n�o bastasse, Rodrigo Tacla Duran � acusado de lavagem de dinheiro de cerca de US$ 18 milh�es, teve a sua pris�o preventiva decretada por este Ju�zo, fugiu, mesmo antes da decreta��o da pris�o, e est� refugiado no exterior."

Objetivo

Em entrevistas � imprensa, ele tem feito acusa��es a Moro buscando levantar suspei��o do juiz.

"A palavra de pessoa envolvida, em cogni��o sum�ria, em graves crimes e desacompanhada de quaisquer provas de corrobora��o n�o � digna de cr�dito, como tem reiteradamente decidido este Ju�zo e as demais Cortes de Justi�a, ainda que possa receber moment�neo cr�dito por mat�rias jornal�sticas descuidadas e invocadas pela Defesa", escreveu Moro, no despacho.

"O objetivo claro das declara��es p�blicas de Rodrigo Tacla Duran s�o, como ele mesmo chegou a admitir, afastar este julgador, que decretou a sua pris�o preventiva, do processo pelo qual responde, n�o sendo ele, no contexto e sem m�nima corrobora��o, pessoa digna de qualquer credibilidade, com o que seu depoimento em nada contribuiria para a apura��o dos fatos na presente a��o penal, m�xime quando, como adiantado, sequer participou dos fatos que constituem objeto da a��o penal."

(Ricardo Brandt e Julia Affonso)


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