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Estado de Minas

Empresas tinham 'pacto de n�o agress�o' em fraudes em licita��es, diz empres�rio


postado em 04/12/2017 22:01

Rio, 04 - O empres�rio Ricardo Pernambuco, da Carioca Engenharia, disse nesta segunda-feira, 4, que empreiteiras tinham um "pacto de n�o agress�o" envolvendo fraudes em licita��es para obras no Rio. A declara��o foi dada ao juiz Marcelo Bretas, na 7� Vara Federal, no processo que apura irregularidades em contratos de obras com o Estado.

"Havia um pacto de n�o agress�o entre essas empresas", disse. "N�o houve uma reuni�o para fazer esse pacto. Mas eram empresas que tinham muito bom relacionamento com o governo. Essas obras tinham sido distribu�das entre essas empresas", afirmou o empres�rio. Ele estima que a Carioca tenha repassado R$ 30 milh�es de propina ao ex-governador do Rio, S�rgio Cabral (PMDB).

Ap�s o depoimento de Pernambuco, o empres�rio Fernando Cavendish, da Delta, tamb�m confirmou a exist�ncia do pacto entre as empresas durante as licita��es. "Todos os grandes setores, rodovi�rio, ferrovi�rio, a�reo, de energia, eram dominadas por elas. Elas tinham suas brigas, mas viviam em harmonia. Como fazer um aeroporto se nunca tinha feito um na vida? Fazer uma rodovi�ria se nunca tinha feito antes? Os editais eram montados", afirmou.

Embora tenha admitido que participou do conluio, o empres�rio disse que a empresa era pr�spera e que n�o precisava disso. "Isso n�o combinava com a hist�ria da empresa", afirmou.

O empres�rio Benedicto Junior, da Odebrecht, que tamb�m prestou depoimento, afirmou que as empresas "cobriam" as outras para mascarar a concorr�ncia. Se n�o aceitasse participar de um cons�rcio, era amea�ado pelo governo de que outra empresa seria chamada para substitu�-lo. A defesa de Cabral n�o se manifestou sobre as afirma��es.

(Constan�a Rezende)


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