S�o Paulo, 06 - O juiz federal S�rgio Moro fez um discurso direto sobre o fim do foro privilegiado, a manuten��o da possibilidade de pris�o em segunda inst�ncia e o fortalecimento da Pol�cia Federal (PF) durante evento da revista "Isto�", em S�o Paulo, que teve a presen�a do presidente Michel Temer e outros membros do governo.
"Todas as pessoas precisam ser iguais perante a lei", afirmou Moro, um dos agraciados da premia��o "Brasileiros do Ano 2017", ao defender o fim do foro. O magistrado elogiou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que estava na cerim�nia, mas cobrou: "Embora o magn�fico trabalho do senhor, parece que algum investimento se faz necess�rio para o refortalecimento da Pol�cia Federal".
No momento em que Moro foi receber o pr�mio da noite, todos os outros premiados se levantaram para aplaudi-lo - exceto Temer, Meirelles, o presidente do Senado, Eun�cio Oliveira (PMDB-CE) e o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Moreira Franco.
Moro tamb�m prestou homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, morto em acidente a�reo em janeiro. "Prometi para a fam�lia de Teori seguir com o seu legado." O ministro era relator da Opera��o Lava Jato no Supremo.
Presidenci�veis
Na premia��o tamb�m estiveram presentes presidenci�veis declarados e outros nem tanto. No hall de entrada do teatro Tom Brasil, na zona sul de S�o Paulo, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), por exemplo, disse que n�o pensa em ser candidato a vice de nenhum candidato � presidente do PSDB: "Minha prioridade n�o � ser candidato a vice do Alckmin. O Democratas est� em um processo de refunda��o que pode terminar com a escolha de um candidato pr�prio", afirmou.
O prefeito de Salvador n�o quis relacionar o pr�prio nome como um poss�vel candidato, mas se lembrou do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como um nome forte e tamb�m sinalizou conversas de fora do c�rculo pol�tico. "Tamb�m estou conversando com nomes de fora da pol�tica. Acredito em nomes novos que apare�am atrav�s da pol�tica e n�o contra a pol�tica", disse.
ACM Neto tamb�m comentou sobre as candidaturas que aparecem liderando as pesquisas de inten��o de voto, a do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). "� um equ�voco os partidos apostarem que Lula n�o ser� candidato. � preciso se preparar para enfrent�-lo na rua". Ele tamb�m considera que a candidatura de Bolsonaro deve se desidratar at� �s elei��es.
Outro poss�vel presidenci�vel que passou pelo hall de entrada do teatro foi o senador �lvaro Dias (Podemos-PR). Dias diz n�o se sentir desanimado com as recentes pesquisas. "As manchetes deveriam ser: Lula e Bolsonaro est�o inviabilizados pela rejei��o". Sobre o governo federal, Dias provocou: "O presidente Temer n�o precisa se preocupar em encontrar um candidato para defend�-lo em 2018. O que o governo vai precisar encontrar � de um bom advogado".
Um "quase presidenci�vel" que estava na festa foi o apresentador Luciano Huck. Ele manteve o discurso dos �ltimos dias - de que pretende participar da pol�tica com os movimentos c�vicos (ao menos dois representantes do Agora! estavam com ele).
No palco, Huck lembrou do acidente a�reo de que foi v�tima e afirmou que, por conta desse acidente, tem se questionado sobre qual seria sua miss�o. O apresentador afirmou que est� disposto a colaborar da forma que puder. Sem se colocar como candidato, falou que o Pa�s precisa investir na renova��o pol�tica e que "n�o � justo o Brasil ter que escolher entre o sujo e o mal-lavado".
O prefeito Jo�o Doria (PSDB) e o ministro Henrique Meirelles, que � filiado ao PSD e tamb�m � cotado como presidenci�vel, n�o falaram na chegada do teatro.
J� no in�cio do evento, a grande expectativa era saber perto de quem o juiz S�rgio Moro, o principal homenageado do evento, se sentaria. Isso porque no mesmo evento no ano passado, o juiz foi fotografado conversando o senador A�cio Neves (PSDB-MG), alvo da Lava Jato. Dessa vez ele estava ao lado de Caco Azulgaray, representante da Editora Tr�s, que edita a publica��o, e do jogador de futebol Alan Ruschel, atleta sobrevivente do acidente a�reo com o time da Chapecoense.
Al�m disso, Temer foi o respons�vel por entregar o pr�mio ao seu pr�prio ministro, Henrique Meirelles. O presidente fez um breve discurso no final. N�o citou Moro nem os pedidos do magistrado. Limitou-se a falar rapidamente sobre a reforma da Previd�ncia, dizendo que a igualdade � o princ�pio da reforma.
OS PREMIADOS
Brasileiros do Ano Isto�
S�rgio Moro - Brasileiro do Ano
Henrique Meirelles - Economia
ACM Neto - Pol�tica
Luciano Huck - Comunica��o
Isis Valverde - Televis�o
Juliana Paes - Televis�o
Jo�o Carlos Martins - �tica
Mil� Villela - Cultura
Jo�o Paulo Guerra Barrera - Educa��o
Alan Ruschel - Esporte
Empreendedores do Ano Isto� Dinheiro
Ilan Goldfajn - Empreendedor do ano
Frederico Trajano - E-commerce
Flavia Bittencourt - Varejo
Guilherme Paulus - Servi�os
Celso Athayde - Impacto Social
Paulo Cesar de Souza e Silva - Ind�stria
(Gilberto Amendola)