S�o Paulo, 07 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aur�lio Mello, decretou a quebra de sigilo fiscal e banc�rio do senador A�cio Neves (PSDB). Per�odo alcan�ado pela medida vai de 1� janeiro de 2014 at� 18 de maio deste ano, "a fim de rastrear a origem e o destino dos recursos supostamente il�citos".
A quebra de sigilo se estende a outros investigados na Opera��o Patmos - suposta propina de R$ 2 milh�es da JBS para o senador. S�o alvos da cautelar a irm� e o primo do tucano, Andrea Neves e Frederico Pacheco, o assessor do senador Zez� Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza, e as empresas Tapera e ENM Auditoria e Consultoria.
De acordo com as investiga��es, o senador teria acertado supostas propinas de R$ 2 milh�es com os executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, da J&F.
Segundo o Minist�rio P�blico Federal, as primeiras tratativas teriam sido feitas pela irm� do tucano, Andr�a Neves.
Em grampos, A�cio � flagrado indicando aos empres�rios seu primo, Frederico Pacheco para buscar os valores e comenta: "Tem que ser um que a gente mata antes de fazer dela��o".
Em a��o controlada, a PF filmou o executivo Ricardo Saud entregando uma mala de dinheiro ao primo do senador, que teria repassado os valores a Mendherson Souza, assessor de Perrella.
Dinheiro vivo foi encontrado na casa da sogra de Mendherson e dados do Coaf informam que a empresa Tapera, pertencente ao senador peemedebista, teria feito transa��es at�picas. Para os investigadores, o valor � relacionado ao pagamento de supostas propinas.
Defesa
O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o senador A�cio Neves, disse que a medida tomada pelo ministro Marco Aur�lio Mello "� absolutamente normal na fase de inqu�rito".
"� preciso destacar que o senador sempre se colocou � disposi��o da Justi�a e dos investigadores", enfatizou Toron. "O senador sempre colocou � disposi��o seus sigilos banc�rio e fiscal. N�o nos causa nenhuma estranheza essa decis�o", reafirmou o criminalista. "Os sigilos do senador est�o � disposi��o da Justi�a para serem devidamente escrutinados."
Alberto Zacharias Toron disse que considera "salutar" a quebra do sigilo decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal. "A�cio nunca se esquivou de fornecer esses dados. Assim, achamos mesmo salutar a medida do ministro Marco Aur�lio. Na avalia��o de Toron, o afastamento de dados banc�rios e fiscais "� natural em uma investiga��o".
(Breno Pires, Rafael Moraes Moura, Renato Onofre e Luiz Vassallo)