Bras�lia e S�o Paulo, 18 - A procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, denunciou a deputada federal �rika Kokay (PT-DF), por supostamente desviar sal�rio de uma assessora � �poca em que era deputada distrital do DF.
Segundo a den�ncia, em depoimento � Pol�cia Civil, a ex-funcion�ria disse se recordar "que no in�cio do ano de 2006 foi chamada pelo chefe de gabinete da Deputada, o Sr. Alair Jos� Martins, para tomar posse em outra fun��o, no gabinete da Vice-Presid�ncia da C�mara Legislativa, como Assessora Parlamentar, no qual o sal�rio era maior" do que o que recebia.
Ela disse que "antes de trabalhar na nova fun��o (do m�s de abril de 2005 at� dezembro de 2005), recebia um sal�rio aproximando de R$ 3.000,00 (tr�s mil reais) e, quando recebeu o convite de Alair, este falou que ela iria receber um sal�rio maior e que o excedente, no caso R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais)", que "deveria ser transferido para a conta conjunta de Alair e da deputada Distrital".
"O relat�rio da Secretaria de Pesquisa e An�lise da Procuradoria-Geral da Rep�blica confirma que V�nia Gomos de Oliveira Salva, logo ap�s receber 'Cr�dito Pagamento' em sua conta corrente realizou transfer�ncias mensais
em favor de �rika Kokay e Alair", narra a procuradora-geral.
Raquel ainda d� conta de que "entre dezembro de 2006 e outubro de 2007, V�nia Comes de Oliveira Salva realizou sete transfer�ncias para �rika Kokay no valor total de R$ 13.100,00 (treze mil e cem reais), sendo cinco no valor de R$ 2.100,00 (dois mil e cem reais) e duas no valor de R$ 1.300,00 (mil e trezentos reais), bem como realizou duas transfer�ncias para Alair Jos� Martins no valor total de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), sendo uma no valor de R$ 1.300,00 (mil e trezentos reais) e uma no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais)".
Diante do apurado, n�o � fact�vel que V�nia Gomes, por livre e espont�nea vontade, tivesse doado, mensalmente, parte de seu sal�rio a seus superiores hier�rquicos, especialmente se considerarmos que V�nia alegou que passava por dificuldades financeiras. Ademais, n�o h� nos autos qualquer registro junto aos �rg�os fazend�rios da realiza��o das supostas doa��es.
Defesa
Em nota, a deputada Erika Kokay afirma: "Estou absolutamente surpresa com esta den�ncia, pois em nenhum momento fui chamada para prestar qualquer tipo de esclarecimento.
Tal processo originou-se de uma tentativa de extors�o da servidora, ora citada, por mim denunciada � Pol�cia Civil do Distrito Federal, ainda no ano de 2010. A PCDF fez uma s�rie de investiga��es, com escutas autorizadas, que comprovaram tal ato.
A verdade � que a servidora fez algumas contribui��es volunt�rias para o Partido dos Trabalhadores, que est�o atestadas em devido material comprobat�rio, inclusive, com a emiss�o de recibos.
A pr�pria servidora, ao ser inquirida pela PCDF, � �poca, reconheceu que as doa��es eram volunt�rias e destinadas ao partido, fato comprovado por in�meras testemunhas.
Estou inteiramente � disposi��o da Justi�a para dar as devidas explica��es, as quais certamente comprovar�o a minha inoc�ncia".
(Rafael Moraes Moura, Amanda Pupo e Luiz Vassallo)